O monegasco Charles Leclerc (Ferrari), que partiu da pole position, seguia na frente do Grande Prémio de França de Fórmula 1 quando, à 19.ª volta, despistou-se e abriu caminho para a vitória do rival Max Verstappen (Red Bull).

O piloto da escuderia italiana parecia confortável para vencer no Paul Ricard, mas cometeu um erro e embateu nas barreiras de pneus na curva 11. Num primeiro momento, pensou-se que o problema estava no acelerador do carro, mas o monegasco atirou para si mesmo a culpa do afastamento da corrida.

«Foi um erro», começou por lamentar, citado pela Sky Sports. «Tenho dito que acho que estou no meu nível mais alto da carreira, mas se continuar a cometer estes erros, não mereço ganhar o campeonato. Tenho perdido muitos pontos.»

Leclerc mostrou-se, por isso, preocupado com a vantagem de 63 pontos que Verstappen já leva na luta pelo título de campeão do Mundo de Fórmula 1.

«Perdi sete em Imola, 25 aqui e provavelmente fomos o carro mais forte na pista hoje. Então, se perdermos o campeonato por 32 pontos no final da temporada, saberei de onde eles vêm. Temos de ter atenção a estas coisas», vincou.

Já o colega de equipa, Carlos Sainz, que partiu dos últimos lugares da grelha devido a alterações na unidade motriz do Ferrari, galgou várias posições e terminou em quinto, agarrando ainda a volta mais rápida.

«Acho que a equipa fez um trabalho muito bom com a estratégia. Na Ferrari, somos super criticados por coisas pelas quais outras equipas podem passar na pit stop. Não somos o desastre que as pessoas dizem que somos. Gostamos de discutir as coisas», afirmou.

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, preferiu ver o lado positivo da corrida e defendeu Leclerc.

«É apenas um erro, acontece. O que disse ao Charles foi que tornámos as nossas vidas um pouco mais difíceis, mas vamos apreciar ainda mais no futuro se mudarmos esta situação. Certamente há sempre algo para melhorar e aprender. Passo a passo, acho que estamos a progredir e a tornar-nos melhores. Mais uma vez, hoje provámos que temos um carro rápido, muito competitivo, e precisamos de virar a página e olhar para a Hungria», rematou.