Quarta-feira de manhã, a Associação Recreativa e Cultural da Freguesia de Oliveirinha acordou estremecida: a carrinha do clube, comprada há apenas seis meses, tinha sido roubada.

Utilizado maioritariamente para ajudar no transporte da equipa de juniores, o automóvel de nove lugares foi furtado das instalações do conjunto de Aveiro, que só tem futebol de formação, na madrugada de terça para quarta-feira, segundo explica ao Maisfutebol o presidente da ARCO, Pedro Sucena.

«Alguém precisou de dar uma volta e furtou-nos uma carrinha que fazia o serviço de ir buscar os juniores, para termos um bocadinho de autonomia. Agora estamos privados desse transporte», começou por dizer.

O portão das instalações do clube, cedidas pela Junta de Freguesia local, foi arrombado e algumas coisas vasculhadas, como o bar, mas os assaltantes, além do automóvel, decidiram apenas levar mais uma coisa: uma botija de gás.

Sem carrinha, a solução a curto prazo para transportar os atletas será o uso do carro particular do dirigente, assim como as viaturas do outro diretor do emblema aveirense e do treinador.

«Nesta fase terá de ser assim, estamos sempre a falar de seis ou sete quilómetros [de viagem]. Será assim pelo menos até conseguirmos arranjar outra solução, eventualmente a aquisição de outra viatura, não temos grandes esperanças que as coisas apareçam», confessou.

A carrinha roubada à ARCO

Apesar de admitir que a solução poderá passar pela compra de uma nova carrinha, Pedro Sucena reconhece que isso não será fácil, já que o ARCO é «um clubezinho pequeno» e, por isso, as condições financeiras não são muitas.

Explicou o presidente que o automóvel furtado, adquirido em novembro passado, já tinha sido comprado com algum esforço: «A carrinha tido sido adquirida em segunda mão, para os nossos propósitos chega bem, já que somos uma associação pequena. Conseguimos comprar através dos patrocínios, o resto demos nós, até ao montante de três mil e 500 euros, que foi o que conseguimos despender.»

A alternativa, pois bem, terá de ser ir «bater a algumas portas», na tentativa de conseguirem repetir os patrocínios alcançados em novembro, assim como vender rifas e rentabilizar os ganhos obtidos no bar que o clube tem nas suas instalações.

«Mas não será fácil, o dinheiro que temos é para conseguir ter os jogadores a jogar, temos de pagar uma datas das coisas, os fundos são poucos... não é a primeira vez que o clube é assaltado. De vez em quando temos assim umas visitas, mas já não acontecia seguramente há um ano. É o que temos, é o mundo em que vivemos», concluiu Pedro.