A FIGURA: Raphinha
O motor da equipa minhota, nos melhores e piores momentos. Evidenciou-se pela raça, entrega e, claro, pelo sentido oportuno no golo que reduziu diferenças. Cresceu em proporção com a equipa, após meia hora inicial de desastre minhoto. Muitas vezes homem das bolas paradas, aguçou assim o perigo na área contrária. Acentuou o maior desnorte da defesa encarnada na segunda parte. Deu o 2-2 a Hurtado (67’) que o peruano não aproveitou, mas acabou por falhar no lance que origina o último e decisivo golo do jogo.

O MOMENTO: Raphinha oportuno mas insuficiente (43 minutos)
O Vitória crescia e relançou o jogo para a segunda parte perto do intervalo. Raphinha, na pequena área, estava no sítio certo para desviar para o 2-1. O golo animou as hostes minhotas, mas revelar-se-ia pouco para a cambalhota. Deu ânimo ao jogo.

OUTROS DESTAQUES:

João Aurélio: no meio de uma defesa aos papéis na primeira parte, foi dos elementos mais ativos e corajosos nesse período. Tentou incursões e combinações com os homens mais adiantados e operou várias das jogadas do Vitória pelo lado direito. Ainda assim, não se livrou da criatividade de Cervi e da luta de Seferovic. Cumpriu.

Vigário: após péssima entrada em jogo – à semelhança de todo o setor defensivo vimaranense, transfigurou-se na segunda parte. Saído da equipa B da época passada, mostrou o gosto que tem em disparar para o ataque pela esquerda, teve sucessivas combinações de êxito com Hélder Ferreira – este também vindo dos bês – melhorou na ação defensiva e ajudou ao tremer que o Benfica acusou perto da hora de jogo.

NEGATIVO:

Marcos Valente e Josué: um Vitória irreconhecível apanhou-se a perder por 2-0 ao quarto de hora e a muito se deveu à inoperância defensiva dos homens de Pedro Martins. Marcos Valente – em estreia – ao lado de Josué formaram uma dupla muito permeável e que deixou o Benfica à vontade no último terço. Houve mais acerto no início do segundo tempo, mas as debilidades voltaram a acentuar-se na reta final, que coincidiu com o 3-1.