O treinador do Portimonense, Carlos Azenha, em declarações após a derrota com o FC Porto, por 3-2. Os algarvios estão mais perto de descerem à II Liga:

«Temos de olhar em frente e seguir o trajecto delineado. Jogámos contra o campeão, uma equipa extremamente forte, que veio aqui com a atitude de quem quer ganhar e bater recorde. Independentemente de um grande jogo entre duas equipas em posições extremas, diria que quem assistisse ao encontro, não imaginava que existisse uma diferença pontual tão grande entre as equipas. O FC Porto pode ter alguns jogadores de fora, mas para nós, ter seis jogadores de fora, três castigados e três lesionados, torna-se muito difícil. Mesmo assim, com esta equipa, a atitude e o carácter que todos mostraram, todos os sócios devem estar orgulhosos, porque empatar o resultado duas vezes e falhar oportunidades é motivo de satisfação e dá tranquilidade para encarar os últimos quatro jogos, forçosamente indo atrás do prejuízo e tentar ganhar, dependendo do que adversários façam. É triste a forma como termos perdido alguns pontos. É importante que as pessoas façam análise à forma como temos perdido alguns pontos e, também, aos amarelos mostrados.»



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«Já é normal. Se forem analisar os últimos amarelos que nos retiraram jogadores, alguns deles foram escandalosos. Foram tiros cirúrgicos. Mas temos visto um Portimonense com carácter, tacticamente evoluído, e uma diferença abismal para o que fez antes. Hoje, com um miúdo de 18 anos a titular, só com seis jogadores no banco. Com esta atitude só se pode estar contente, e eu estou contente pelos jogadores que tenho. Sou uma pessoa de factos, não me desculpo. Se formos analisar factos, já fui multado por, contra o Olhanense, ter constatado factos, pois o relatório do observador do árbitro veio dizer o que eu disse. Se analisarem os últimos amarelos, se eu disser alguma mentira, peço desculpa no dia seguinte. Se o Portimonense tiver de descer, que desça com dignidade, mas não deve ser empurrado, isso não me parece correcto. Hoje, contra o campeão nacional, conseguimos marcar dois golos de bola parada, que não acontece muito eles sofrerem. Tivemos oportunidades claras para marcar na 2.ª parte e não marcámos, ainda por cima contra uma equipa superior, e tudo se torna mais difícil. Falta também alguma sorte, de que todas as equipas precisam. Mas estou de consciência tranquila, tal como a equipa técnica e os jogadores. E os sócios, apesar do resultado negativo, devem sair satisfeitos pela equipa que têm, que luta até ao fim, seja contra que adversário for.»