Têm entre 11 e 13 anos e destacaram-se nos muitos clubes que por esse país fora trabalham sem lhes pedir nada em troca. O bom futebol apresentado e as promessas deixadas para o futuro atraíram a atenção do F.C. Porto, que durante dois dias os chamou ao Centro de Treinos para prestarem provas.
Dois dias em que vestiram de azul e branco dos pés à cabeça. Dois dias em que se sentiram num grande, em que treinaram ao lado dos grandes, em que trabalharam para ser observados por nomes grandes.
Nomes como Bandeirinha, André e Miguel Pinho, sempre sob a supervisão de Luís Castro. O director de todo o futebol de formação não arredou pé do mini-estádio, onde os pequenos craques prestavam provas, no que foi durante muito tempo acompanhado pelo director-geral do F.C. Porto, Antero Henrique.
Nos relvados, os mais pequenos, muitos dos quais acompanhados pelos pais na bancada, tentavam mostrar dotes para merecer uma oportunidade no clube. Era esse o objectivo das observações, aliás. Recolher informações sobre miúdos que estão referenciados e que a qualquer momento podem ser contratados.
É certo que a maior parte das várias dezenas de miúdos observados, e que só foram contactados porque foram referenciados pelo departamento de observação, nunca chegarão a ser contratados. Mas pelo menos por um dia vestiram de azul e branco. Dos pés à cabeça.