O regresso do Benfica aos festejos, em Maio, condicionou o que de mais importante aconteceu no futebol português em 2010. Primeiro pela confirmação semanal das qualidades de uma equipa conquistadora, capaz de interromper o domínio do F.C. Porto com uma qualidade que o Benfica de Trapattoni, cinco anos antes, nunca exibiu. Talentos como Di Maria, Saviola, Aimar, Fábio Coentrão ou David Luiz não se limitaram a devolver hábitos de vitória à Luz. Deram-lhe também a ambição e identidade dos melhores tempos.
Daí nasceu a expectativa, até agora defraudada, de um novo ciclo, com Jorge Jesus a assumir o desafio de dar seguimento ao título com uma equipa consistentemente ganhadora, em Portugal e na Europa. E foi o crescimento encarnado nos primeiros seis meses de 2010 que obrigou o F.C. Porto a reinventar-se, injectando sangue novo numa estrutura acomodada. A luta prossegue em 2011, para já com papéis invertidos.
RELACIONADOS
Portugal no Mundial: tanto barulho para tão pouco...
Estatutos da FPF: a banda continua a tocar, como no Titanic
Sporting: a revolução voltou ao ponto de partida
Hulk: um Porto-Benfica jogado nos gabinetes
Sp. Braga: crescer quase nunca é fácil
Candidatura ibérica a 2018: perdemos, foi?
Clubes em crise: a coisa não vai melhorar...
Moutinho no Dragão: quando cabeça e coração não se entendem
Carlos Queiroz: uma novela sobre a solidão
Selecção: renascer das cinzas e ganhar o direito ao futuro