O ano de 2020 fica definitivamente marcado pela pandemia da covid-19 que veio baralhar por completo o intenso calendário que estava previsto para este ano. O Campeonato da Europa foi adiado, tal como a Copa América e os Jogos Olímpicos de Tóquio, enquanto outras competições foram suspensas e outras foram mesmo canceladas, como foram os casos das ligas francesa e belga. Um ano que também fica marcado pela morte de Diego Armando Maradona, um dos maiores promotores da modalidade de todos os tempos.

Um ano marcado pelo vírus que surgiu no final de 2019, em Wuhan, na China, mas que entrou pela Europa pela bota de Itália no início do ano e rapidamente alastrou-se a todo o velho continente, para depois atravessar o Atlântico e tornar-se mesmo num fenómeno global. Um fenómeno que ditou treinos em casa, jogos à porta fechada, bancadas vazias e festas, como a do Liverpool, campeão ao fim de 30 anos, sem adeptos. Imagens que marcam definitivamente este ano atípico de 2020.

Mas ainda houve futebol. Houve, por exemplo, Liga do Campeões, num formato adaptado às circunstâncias, com uma Final Eight em Lisboa que acabou por coroar o impressionante Bayern Munique de Hans-Dieter Flick e que deixou Neymar em lágrimas no Estádio da Luz. Houve também Liga Europa, com o Sevilha a arrecadar o sexto troféu com uma vitória sobre o Inter (3-2) em Colónia.

Vinte vinte também é o último ano de Diego Armando Maradona. Um dos maiores jogadores do mundo, uma lenda para a eternidade. Um ano que também nos levou a despedir-nos de outras figuras do futebol mundial, como Paolo Rossi, Radomir Antic, Kulkov, Jack Charlton ou Gerard Houllier.

O ano também fica marcado pelo caso de racismo no decorrer do Paris Saint-Germain-Basaksehir, na Liga dos campeões, com as duas equipas a abandonar o relvado devido às palavras do quarto árbitro.

2020 também é o ano em que o Liverpool de Jürgen Klopp voltou a festejar um título na Premier League, trinta anos depois do último, e que permitiu o regresso do Leeds ao principal escalão ao fim de dezasseis anos. O treinador alemão acabou por ser coroado, na cerimónia dos prémios The Best, como o melhor do treinador do mundo, tal como Robert Lewandowski que ganhou a corrida a Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Por falar em CR7, o internacional português, que no ano anterior tinha ultrapassado a marca dos 700 golos na carreira, ultrapassou também a barreira dos 100 golos pela seleção.

Um ano em cheio, apesar de todas as restrições impostas pela pandemia que, sem adeptos nas bancadas, retirou a alma ao futebol.