O quarto dia do campeonato do mundo não foi tão entusiasmante como os três anteriores, mas manteve a linha goleadora do torneio. Para além dos grandes jogos, é um facto que temos tido a oportunidade de assistir a muitos golos.

Com três jogos, o domingo terminou com um Argentina-Bósnia, no Maracanã. E que melhor palco para receber a estreia do jovem país europeu, que não entrou com o pé direito, devido ao auto-golo logo nos instantes iniciais do encontro. Quem celebrou foram os muitos milhares de argentinos que marcaram presença no Rio de Janeiro.

Após uma primeira parte muito pobre, também Messi decidiu aparecer na «cidade maravilhosa», com um golo ao seu estilo a meio do segundo tempo, fixando o resultado em 2-0. Os bósnios tentaram tudo, deram muito trabalho a Romero e Ibisevic acabou por marcar aos 85 minutos. Num Maracanã repleto, foi bom ver um pouco da Argentina que todos esperam neste Mundial, mas é preciso dizer que Bósnia teve uma estreia bem honrada.

Confira a ficha do jogo Argentina-Bósnia Herzegovina

Mas o dia começou com um surpreendente Suíça-Equador, que esteve muito perto de ficar empatado, mas levou-nos a um final de partida fantástico, com a seleção europeia a marcar o 2-1 já durante os descontos. No Estádio Mané Garrincha, em Brasília, os suíços operaram a quinta reviravolta deste Mundial e colocaram-se em boa posição no Grupo E.

O Equador até esteve em vantagem (com golo de Enner Valencia), mas a sabedoria de Otmar Hitzfeld fez a diferença, colocando Mehmedi na segunda-parte e este empata na primeira vez que toca na bola. Seria mais um suplente a fazer o 2-1, Steferovic, no tal contra-ataque mortífero já nos descontos.

Confira a ficha do jogo e a crónica do Suíça-Equador

A meio do caminho, um França-Honduras e a previsível vitória confortável dos gauleses (3-0), que ainda usufruíram da expulsão de um jogador adversário. Benzema foi a estrela, apontando dois dos três golos perante aquela que é muito provavelmente a equipa mais fraca deste Mundial. Podia ter dado numa goleada das antigas.

A França mostrou boa circulação, tem boas armas no ataque, parece ser a clara favorita a vencer o grupo E, mas vai ser interessante assistir ao confronto com a Suíça.

Confira a ficha do jogo e a crónica do França-Honduras

A FIGURA DO DIA - Sem dúvida Benzema, pelos dois golos que marcou às Honduras, para além de ter estado envolvido diretamente no terceiro, que acabou por ser atribuído ao guarda-redes Valladares. O avançado do Real Madrid deu uma bofetada de luva branca a todos os seus críticos, nomeadamente ao ex-selecionador Raymond Domenech, levando a França a um triunfo confortável (3-0). Com a ameaça Giroud sempre presente, Benzema foi mortífero perante a baliza adversária, mostrando que não pretende deixar o lugar e tem tudo para fazer uma grande Mundial.  

A FRASE -  «Este vai ser o ano de Portugal». Quem o disse foi Cristiano Ronaldo, que aproveitou a conferência de imprensa de lançamento do jogo com a Alemanha para dizer que está a 100%. 

O NÚMERO - 144 segundos. Foi este o tempo que demorou Kolasinac para marcar o auto-golo mais rápido da história dos campeonatos do mundo, dando a vantagem à Argentina. O defesa bósnio suplantou o anterior recorde de Carlos Gamarra, de 166 segundos, em 2006. A Bósnia poderá dizer para sempre que o primeiro golo sofrido no seu primeiro jogo num Mundial foi por um jogador seu. 

O CASO O tal outro golo da França que não foi marcado por Benzema. A a FIFA atribuiu-o a Valladares, guarda-redes das Honduras, na própria baliza. Após cabeceamento do avançado, a bola bate no poste, baila sobre a linha e acaba por entrar, eventualmente por toque do guarda-redes hondurenho, como demonstrou pela primeira vez na história a tecnologia de linha de golo.



O Campeonato do Mundo segue sem interrupções. Nova dose de emoções nesta segunda-feira, com Portugal em campo. Veja aqui o que se vai passar