Tito Vilanova faleceu esta sexta-feira, em Espanha, aos 45 anos de idade. A notícia foi adiantada pelo jornal Mundo Deportivo e confirmada minutos depois no site oficial do Barcelona.

Vilanova lutava há mais de dois anos contra um cancro na glândula parótida. Na passada sexta-feira, o antigo treinador do Barcelona foi operado de urgência, na sequência de graves complicações gástricas.

O Futebol Clube de Barcelona já anunciou que vai abrir a tribuna principal do Camp Nou a todos os que queiram prestar uma última homenagem a Vilanova. Para o efeito, o clube criará uma área cheia de fotografias e vídeos de momentos vividos por Tito ao serviço do emblema catalão.

2012/13, o título de Tito

Francesc Vilanova nasceu a 17 de setembro de 1968 na cidade de Girona, Catalunha. Iniciou o percurso como futebolista no Barcelona, mas nunca se chegou a impor no Camp Nou. Durante a carreira representou Figueres, Celta de Vigo, Badajoz, Maiorca, Lérida, Elche e Gramanet.

Em 2007 assumiu o cargo de treinador adjunto na equipa B do Barcelona e foi durante várias épocas adjunto de Pep Guardiola. Entre 2008 e 2012 ganhou tudo o que era possível ganhar com o atual treinador do Bayern Munique.

Na primeira vez em que esteve nas manchetes, a culpa foi de José Mourinho. O episódio do dedo no olho foi ultrapassado com um pedido de desculpas do português e as pazes foram feitas.

No verão de 2012, Guardiola abdicou do cargo e a direção do Barcelona apostou na competência de Tito Vilanova. Por essa altura, Tito já lutava contra a doença que o haveria de vitimar dois anos depois.

Em dezembro de 2012 foi forçado a suspender as suas funções para ser operado e efetuar tratamentos nos EUA. Voltou em abril de 2013 com força e vontade, a tempo de celebrar a conquista do título espanhol, no dia 11 de maio.

A 19 de julho de 2013, no início da presente temporada, Tito Vilanova abandonou em definitivo o Barcelona, após uma recaída na luta contra a enfermidade. Foi substituído no cargo por Gerardo Martino e despediu-se de todos com uma carta carregada de emoção.

Ao longo dos últimos meses de vida, as informações sobre o seu estado de saúde foram raras. A 8 de janeiro esteve no estádio a seguir ao vivo o Barcelona-Getafe, numa das poucas aparições públicas. Tito optou sempre por combater discretamente o mal que o afetava. Até ao fim.

«Per sempre etern», lê-se no site oficial do Barcelona.

[artigo atualizado]