A U. Leiria está a um passo de desistir do campeonato. A vontade, expressa anteriormente por João Bartolomeu, foi reiterada pelo dirigente ao início da madrugada deste sábado, no final da Assembleia-Geral da SAD.

«Os acionistas terão uma palavra a dizer, mas, na minha opinião, devíamos abandonar o futebol profissional», afirmou, remetendo uma decisão definitiva para este sábado, «caso se confirme a rescisão do plantel».

O presidente demissionário disparou em várias frentes, falando de uma campanha para acabar com a Liga de Clubes, e de como o emblema de Leiria seria o «elo mais fraco» e o «bode expiatório» em toda esta situação.

As consequências segundo o regulamento disciplinar

Liga: Dezembro não havia salários em atraso

Sobre o caso em concreto dos salários em atraso do plantel, que motivaram o pedido de rescisão coletiva, João Bartolomeu garantiu que deve apenas Janeiro, Fevereiro e Março, tendo conseguido um acordo para o pagamento «mediante a colaboração de duas pessoas».

De acordo com a Lusa, as personalidades em causa seriam o próprio Mário Figueiredo, presidente da Liga, e António Fiúsa, líder do Gil Vicente. Os avales foram, entretanto, recusados.

«Tínhamos um acordo e, de repente, enquanto estávamos na AG, somos surpreendidos pela notícia das rescisões na comunicação social. Isto é um caso de polícia. Foi tudo premeditado. Quem está por detrás? Se eu fosse investigador, ia já investigar. Não sou parvo», insistiu, lembrando vários casos de clubes com ordenados em atraso.