Dost, Bas Dost. O Sporting ganhou um matador como há muito não se via. Mais dois golos na jornada 19, na vitória sobre o Paços Ferreira, reforçaram o estatudo de líder dos melhores marcadores da Liga para o avançado holandês e colocaram-no no topo da corrida para a Bota de Ouro, que premeia o melhor goleador de campeonatos nacionais na Europa. O primeiro à meia hora, o segundo a dez minutos do fim, pouco depois de o Paços ter reduzido para 3-2, e que arrumou ali o jogo, evitando que o leão acabasse em sofrimento na ronda que antecedeu a visita ao FC Porto para um clássico que será muito importante no equilíbrio de forças da Liga, com os dragões a um ponto do líder Benfica e com seis pontos de vantagem sobre o Sporting.

A ficha de Bas Dost

São 16 golos em 16 jogos. Sim, porque Bas Dost nem sequer começou a época. Trocou o Wolfsburgo pelo Sporting no fecho do mercado de agosto, depois da saída de Islam Slimani para o Leicester. Chegou precisamente a tempo de assistir na bancada de Alvalade ao clássico com o FC Porto, que os leões venceram por 2-1. Só se estreou na Liga depois da paragem de seleções. Era a quarta jornada, entrou direto para o onze frente ao Moreirense e marcou logo aí o primeiro golo. Agora vai defrontar pela primeira vez o FC Porto.

Já marcou mais golos até este ponto da época do que quatro dos cinco melhores marcadores do Sporting nas últimas cinco épocas: Wolfswinkel (14 em 11/12 e 12/13), Montero (13 em 13/14) e Slimani em 14/15, com 12. Na época passada o argelino chegou aos 27.

Dost anda a marcar há cinco jogos seguidos na Liga, é o responsável por 45 por cento dos golos do Sporting na Liga. Praticamente metade, o que tem o reverso da medalha, como já observou Jorge Jesus, de representar uma dependência de um único jogador que pode ser preocupante. Mas há problemas piores do que ter um avançado a marcar muitos golos.