O F.C. Porto passou no exame de Aveiro, na antecâmara do regresso à Liga dos Campeões. Com nota mínima e num jogo disputado sempre a baixas rotações, que os portistas não quiseram desgastar-se em demasia, e os aurinegros até ajudaram.

Beira Mar que somou, precisamente esta sexta-feira, dois meses sobre a última vitória em jogos oficiais, em simultâneo também a única para a Liga em casa, diante do Rio Ave. São 10 partidas sem triunfos, números que dão que pensar e deixam os homens de Ulisses Morais à mercê do Moreirense, que os pode relegar para último lugar da tabela.

Os três pontos nunca estiveram em causa, podiam era ter sido um pouco mais abrilhantados, mas não faz mal. O objetivo foi cumprido, o Málaga vem já ai, e haverá muito em jogo na terça-feira. O subconsciente dos jogadores, nestas alturas, acaba sempre por manifestar-se. É compreensível.

O essencial foi cumprido, os portistas voltam a isolar-se na classificação da Liga e ficam à espera daquilo que o Benfica possa fazer diante da Académica. Tudo normal no reino do Dragão.

Recorde o AO MINUTO do jogo

O Porto começou rápido na partida, instalando-se por completo no meio-campo aveirense, e ameaçou por Atsu, que haveria mais tarde de fazer mossa. Já lá iremos. O Beira Mar, acantonado na sua área, praticamente só com Yazalde como unidade atacante, foi-se defendendo de dentes cerrados.

O golo, curiosamente, acabou por surgir numa altura em que os portistas pareciam ter perdido algum gás. Num remate violento, o jovem ganês dos campeões nacionais bateu, por fim, Rui Rego, que poderia ter feito mais alguma coisa. Talvez não tenha visto a bola partir.

Mais confortáveis no jogo, os comandados de Vítor Pereira continuaram a alimentar o sentido único da partida, sem encontrar grandes espaços, mas com Atsu, sempre ele, a procurar caminhos para a baliza aveirense.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

O mais difícil estava feito e, apesar de não poder descansar por completo, o Dragão beneficiava da postura pouco mais que inofensiva dos locais, pelo que as condições eram favoráveis a uma espécie de navegação à vista, sempre com controlo absoluto das operações.

O jogo estava tão bom para os campeões nacionais que Vítor Pereira não hesitou em começar a fazer poupanças, mesmo com o resultado (ainda) tão magro. Tirou primeiro Atsu, depois Lucho, e viu finalmente o jogo ficar resolvido pelo suspeito do costume.

Ainda houve tempo para dar alguns minutos de rodagem a James, depois de mês e meio a recuperar de uma lesão, e ver Mangala, que já falharia o próximo jogo, com o Rio Ave, ser expulso numa decisão algo forçada de Carlos Xistra.