O Belenenses anunciou que resolveu a situação criada pela ameaça de insolvência contra o clube por dívidas a quatro jogadores da equipa de futsal. O presidente do emblema lisboeta, António Soares, garantiu que essas dívidas serão liquidadas durante o dia de hoje.
«Tratou-se de mais um processo que envolve quatro jogadores de futsal, com dívidas da época de 2009/2010 e parte de 2010/11. Foi intentado por estes antigos atletas, um processo de insolvência, mas na sequência das conversas com os advogados que os representam, chegou-se a acordo e vai ser liquidada a dívida hoje», disse à agência Lusa o presidente do Belenenses/clube.
António Soares revelou que irá apresentar uma proposta na próxima Assembleia-Geral para a adesão ao Processo Especial de Revitalização, de maneira a solucionar o passivo do Belenenses que se encontra nos 12 milhões de euros. «Não parece que haja outra solução que não seja avançar para um Processo Especial de Revitalização, porque senão vamos ser sistematicamente encostados à parede com questões relacionadas com insolvências que é a forma que os advogados arranjam para pressionar a pagar as dívidas», adiantou.
O líder do clube do Restelo revelou que o passivo está concentrado em várias entidades: Banca, Estado e Federação Portuguesa de Futebol. Apenas sobram cinco milhões, entregues a centenas de credores.
«Estamos a falar de um passivo elevado, de curto e médio prazo que ronda os 12 milhões de euros. Desta vez foi possível resolver, mas há dividas de um montante que, se houver um procedimento deste género por parte do credor, o clube não pode resolver», explicou.
António Soares espera que os sócios estejam recetivos a esta proposta, uma vez que é a única viável para manter a saúde financeira do clube. Em último recuso, só um potencial investidor com uma injeção de capital elevada ajudaria a sair desta situação. Mas é preciso que ele apareça. «Temos vindo a explicar, ao longo dos três anos de direção do clube, a situação em que se vive, mas chegámos a um momento de tomar uma decisão, sem receitas extraordinárias o clube não tem possibilidade. Sempre que acontece uma situação deste género, que surge praticamente todos os meses, isso compromete os compromissos assumidos para despesa corrente. Tem de se encontrar uma solução», terminou.