* por Vitor Maia

Julio Velázquez, treinador do Belenenses, esteve na sala de imprensa do Bessa após a derrota por 1-0 e fez questão de refletir sobre a arbitragem. Não só sobre o trabalho de Bruno Esteves, mas também sobre o estado do setor, assumindo as suas responsabilidades em comportamentos anteriores. 


«Este era um jogo complicado, contra uma equipa que jogava uma autêntica final. O Boavista tinha de conseguir três pontos para estar em posição de garantir a permanência. Na primeira parte não estivemos bem, não nos encontrámos na hora de sair com a bola, cedemos demasiados livres e cantos. Na segunda parte mudámos a estrutura, estivemos muitíssimo melhor e vou para casa muito orgulhoso dos jogadores, que lutaram sempre. Tentámos tudo, com 11, com dez, a equipa lutou muito e gostei da atitude. Houve muitas situações adversas totalmente incontroláveis».

[Sobre a arbitragem]
«Não vou trair-me a mim próprio, não falo nunca das arbitragens e hoje vamos doridos, porque nós dignificámos o futebol. Foi tremendamente injusta a maneira como fomos tratados. A arbitragem não foi equitativa, mas isso já aconteceu ao Boavista, ao Moreirense, ao Sporting, ao Benfica, a todos. Estamos a falar de um grande campeonato, mas acho que se deveria dar um salto qualitativo na questão da arbitragem. Durante a semana fala-se da arbitragem e não se passa nada. Eu próprio, com o Moreirense, portei-me como um energúmeno».

«Devíamos todos dar-nos conta do que sucede e ser os primeiros a dar o exemplo. Se queremos dar um salto qualitativo, há que respeitar mais a Liga em todos os sentidos».

[Sobre o que resta da época]
«Vamos respeitar a Liga, a profissão, competindo até ao último minuto como profissionais, tentando fazer o melhor».