Quim Machado está determinado em conduzir o Belenenses a uma segunda vitória consecutiva, mas alerta para as dificuldades que um Tondela desesperado por pontos pode proporcionar este domingo no Estádio do Restelo, em jogo da 20ª jornada da Liga.

O treinador do Belenenses, que ainda não conseguiu dois triunfos consecutivos ao serviço da equipa do Restelo, revelou a necessidade de começar a criar uma «cultura de vitória», razão pela qual espera dar sequência à vitória da semana passada, sobre o Boavista. «Não basta vencer uma vez. É essa mentalidade que incutimos nos nossos jogadores. Se conseguimos uma vitória, temos de conseguir a segunda e depois a terceira. Neste momento, temos de ir à procura da segunda vitória», afirmou, em conferência de imprensa.

Apesar de o Tondela ser o último classificado da Liga, o técnico não antecipou facilidades, perante um adversário que vai deslocar-se ao Restelo para «tentar roubar pontos ao Belenenses». «Este campeonato é muito equilibrado. Além disso, as equipas reforçaram-se neste mercado de inverno e acabam por ter jogadores novos. Temos de entrar determinados e não podemos olhar à tabela classificativa, porque seria um erro», alertou.

Quim Machado revelou que os dois últimos reforços assegurados na reabertura do mercado, Robert Persson e Diogo Viana, já poderão ser utilizados, sendo que o médio sueco veio colmatar uma posição em que os «azuis» ficaram deficitários. «O Persson é um médio defensivo, um polivalente, que pode fazer duas ou três posições. Tivemos a saída do Palhinha [para o Sporting] e precisávamos de um jogador que pudesse fazer essa posição. É um jogador estrangeiro e terá uma fase de adaptação, mas encontrou um bom grupo e bom balneário, o que vai facilitar a sua adaptação», analisou.

Por outro lado, Quim Machado considerou que «o tempo dirá» se o plantel ficou mais forte ou mais fraco após a janela de inscrições, durante a qual a formação de Belém operou várias mudanças, entre entradas e saídas. «Tivemos de ir ao mercado porque vieram buscar os melhores jogadores, como foram os casos do Gerso, Joel [Pereira], Palhinha, Sturgeon. Eram jogadores com qualidade e tínhamos de colmatar essas saídas. São jogadores diferentes e têm de ganhar rotinas. O tempo dirá se estamos mais fortes ou mais fracos», concluiu.