Silas, treinador do Belenenses, depois do empate sem golos diante do Tondela, no Estádio do Restelo, em jogo da 26ª jornada da Liga.

[Um ponto ganho ou dois perdidos?]

- É difícil responder. Pela maneira como nos apresentámos, acho que perdemos dois. Perdemos muitas ocasiões claras. Mas se olharmos para os outros resultados, acho que ganhámos um. Criámos ocasiões suficientes e muito claras para outro resultado. Na primeira parte só deu Belenenses, tivemos muitas ocasiões. Na segunda parte o Tondela não foi melhor do que nós, mas foi melhor do que tinha sido na primeira parte. De qualquer maneira, quero agradecer aos jogadores. Correram muito, criaram ocasiões, fizeram quase tudo bem. Temos de encontrar uma solução, porque já nos tinha acontecido o mesmo na semana passada em que fizemos uma boa primeira parte e uma segunda menos boa. Mas acho que hoje perdemos dois pontos.

[29 pontos chegam para a manutenção?]

- Com 29 não acredito, acho difícil. Mas se tivéssemos ganho hoje talvez, passávamos para nono lugar, passávamos o Vitória, o Portimonense e deixávamos o Tondela para trás. Aí talvez, mas com 29 acho que ainda não. Já não sofremos golos há quatro jogo, criámos muitas ocasiões. Se continuarmos assim, acho que vamos conseguir muitos mais pontos.

[O Belenenses jogou muito pelas alas, foi intencional?]

- Para conseguimos esse espaço mais profundo, sabíamos que o Tondela ia fechar atrás, ia fechar o espaço interior e era importante explorar as alas. Conseguimos muitas vezes, mas depois falhámos na área.

[Não sofre golos há quatro jogos, contente?]

- Quando preparo os meus jogos, preparo-os sempre a pensar como vou criar ocasiões e não em não sofrer golos. Obviamente que também nos preparamos para não sofrer, mas o que mais gosto é preparar a equipa para saber como é que vai marcar, porque temos uma maneira de jogar que não permite muitas ocasiões. Hoje na segunda parte concedemos um pouco mais, também devido ao terreno do jogo. O Tondela não é pontapé na frente, é um futebol direto, mas trabalhado, com jogadores a entrar nos espaços. Criaram-nos um pouco mais de dificuldades, o vento também ajudou nesse sentido. A nossa estratégia passa sempre por pensar como é que vamos conseguir ocasiões de golo. Hoje em dia toda a gente estuda os adversários e temos de ir mudando. Dois ou três jogos e temos de mudar, caso contrário tornamo-nos muito previsíveis.

[Persson jogou adaptado a central]

- Ele é um jogador que já tinha jogado neste sistema [três centrais] no país dele [Suécia]. É um jogador que tanto pode jogar a central como a seis. Na primeira parte esteve muito bem, na segunda não esteve tão bem, porque houve menos linhas de passe.