Estrela: Fejsa

Fez o primeiro jogo a titular e, se a amostra não for especulativa, ameaça pegar de estaca no meio campo. Impressionante o número de bolas que recuperou. É um jogador dinâmico, com ritmo, que está sempre a pressionar adversários e se posiciona bem. O Benfica precisava de alguém assim.

Positivo: Cardozo

Faltou-lhe o golo, é certo, mas de resto Cardozo esteve em praticamente tudo. Tabelou com Enzo Perez para o remate que permitiu a Djuricic abrir o marcador, rematou duas vezes para boas defesas de Proto e mostrou uma capacidade técnica desconhecida até agora. Fundamental, pois claro.

Negativo: Defesa do Anderlecht

Noventa minutos que confirmaram completamente tudo o que se tinha dito sobre este Anderlecht: é permeável sobretudo na defesa. Os golos do Benfica, sobretudo o segundo, provavaram-no por completo: é uma defesa lenta a reagir, que falha nas marcações e com falhas de concentração.

OUTROS DESTAQUES:

Matic

Ameaça fazer com o compatriota Fejsa uma dupla de respeito: até porque a presença de um colega mais defensivo permite-lhe tornar-se aquilo que ele verdadeiramente é, um médio de transição. Tem mais liberdade, pode surgir em posições mais ofensivas e impor a técnica onde faça mais diferença.

Markovic

Começou algo discreto, mas da primeira vez que pegou na bola passou por toda a gente e deixou Cardozo em boa situação. Foi um aperitivo para uma segunda parte mais excêntrica: aí sim pegou na bola e furou barreiras que esticaram o futebol do Benfica. Não chegou a ser ótimo, mas foi bom.

Djuricic

Tornou-se numa das figuras do jogo logo aos três minutos: aproveitou uma defesa incompleta de Proto e fez o golo que lançou para o Benfica para o ataque. E foi quase tudo. Na segunda parte ainda teve uma boa bola para marcar, atirou ao lado, mas sobretudo pareceu sempre longe do jogo.

Luisão

Deu tranquilidade à equipa com o segundo golo, num remate acrobático que encheria de orgulho qualquer avançado. Por isso merece este destaque singular, que em boa verdade devia ser plural: Luisão e Garay, claro, eles que mantiveram os perigosos avançados belgas sempre sob controlo.

Artur

Foi obrigado a aparecer na segunda parte: e apareceu, sobretudo em duas finalizações com selo de golo que parou em grande estilo. Tornou-se essencial, pois, para o Benfica conseguir o primeiro jogo sem sofrer golos em quase cinco meses. Mesmo que não tivesse uma noite isenta de erros.