O golo solitário de Carlos Manuel no Estádio das Antas, na final da Taça de Portugal de 1983 encheu as primeiras páginas da imprensa desportiva. O jornal «A Bola» destaca o médio como «o herói das Antas» num jogo «fora de horas e depois de muita guerra fria», em alusão ao facto do jogo só se ter realizado em finais de Agosto. O «Record» destacou o final «vermelho» com um «tiro que acaba com barulho», dividindo a sua manchete com a chegada a Lisboa de Manniche, possante avançado dinamarquês que também iria inscrever o seu nome na história do clube da Luz.
Nas páginas interiores de «A Bola», lia-se que o Benfica teve «a tal estrelinha», enquanto ao F.C. Porto faltou «o tal estofo» numa final «com muito fraco nível técnico». Além de Carlos Manuel, «o grande pivot», o jornal destaca ainda as exibições de Bento, que «defendeu a vitória», de Pietra, que «realizou uma primeira parte impecável», e ainda José Luís, «o que mais perigo criou». Do lado da equipa do Porto, Vítor Serpa dizia que «João Pinto, Eurico e Jaime Pacheco estiveram muitos furos acima dos seus companheiros».
O jornal «Record» destaca uma «exibição de laboratório e cabeça fria», liderada por Stromberg e Carlos Manuel, que «constituíram uma fonte inesgotável de empenho, dedicação e força», promovendo o desequilíbrio do «fiel da balança no meio-campo». A final acabou por realizar-se nas Antas, depois de um Verão quente recheado de polémica, e o jornal «Record», no dia a seguir ao jogo, traz uma fotografia curiosa com uma árvore a crescer nas bancadas do Jamor.