O Benfica começou da melhor maneira a defesa do Torneio do Guadiana, ao golear o Feyenoord, por 4-1, com golos de Cardozo, Felipe Menezes e Ruben Amorim. Pelos holandeses, marcou Smolov.

Com uma entrada nada consentânea com os desígnios do Benfica de Jorge Jesus, os encarnados foram surpreendidos pelos holandeses, que dominaram o jogo nos primeiros 25 minutos. Nesse período, marcaram um golo logo aos quatro, aproveitando um mau atraso de Ruben Amorim que isolou Smolov, não tendo este dificuldade em bater Roberto com um remate rasteiro, junto ao poste esquerdo. Os holandeses dominavam por completo, com muita dinâmica no meio-campo, trocando muito bem a bola e desorientando os encarnados, que tinham muitas dificuldades em pegar no jogo, e sem fazer a pressão alta que Jesus tanto gosta e quer. Assim, viu-se um Benfica «a cheirar a bola» correndo atrás dos holandeses, que, diga-se, dominavam mas também não criavam muito perigo. Mas não deixavam os encarnados pegar no jogo. Além do golo, só por uma vez Roberto passou por dificuldades, mas resolveu com os pés, uma entrada perigosa de um adversário, pela esquerda. Na sequência, Sidnei aliviou e a bola rebentou.

E foi com uma Jabulani nova que o Benfica «entrou» no jogo, com uma alteração efectuada por Jesus, que foi preponderante: três minutos antes, trocara as posições de Coentrão com Peixoto, dando mais profundidade ofensiva, e velocidade de execução no último terço, contagiando o resto da equipa, que, a partir daí, pareceu outra, obrigando os holandeses a recuarem, construindo situações de golo em catadupa, suficientes para irem para o intervalo com outro resultado. A mais flagrante oportunidade aconteceu aos 30 minutos, numa tabela entre David Luiz e Coentrão, com o brasileiro a rematar à barra da baliza de Mulder.

Para a segunda parte, Jesus fez quatro alterações. Saíram Javi, Aimar, Carlos Martins e Kardec, por troca com Airton, Ramires, Cardozo e Jara. Quatro substituições que deram continuidade à boa qualidade de jogo que o Benfica foi para intervalo. E foi com naturalidade que os encarnados empataram o jogo, por Cardozo, na sequência de uma jogada de Coentrão, pela esquerda.

As oportunidades apareciam com simplicidade, com Cardozo a acertar na barra aos 56 minutos, de cabeça, na sequência de um canto, para três minutos depois, David Luiz expressar a sua apetência para acertar nos ferros da baliza adversária, agora no poste esquerdo, com Saviola a recargar, com desvio do guarda-redes para canto. Pelo meio, tempo para Roberto brilhar, com espectacular defesa, desviando com uma palmada um remate de Biseswar, batendo a bola ainda na barra da baliza. E por este lance ficaram-se os holandeses.

E com Cardozo em campo aumentam as possibilidades de golo. Se a ele juntarmos Ramires, o caminho fica mais desbravado. Foi o que aconteceu aos 71 minutos, quando o brasileiro isolou o paraguaio, para colocar o Benfica em vantagem, que seria reforçada quatro minutos depois, com um golo de Felipe Menezes, num livre directo rasteiro. O festim continuou e Cardozo ofereceu a Ruben Amorim a oportunidade de se redimir do erro que deu o golo aos holandeses, passando a bola por cima de um adversário e timbrando o jogo com uma goleada.

FICHA DE JOGO

Estádio Municipal de Vila Real de Santo António

Árbitro: Duarte Gomes

BENFICA: Roberto; Ruben Amorim, Sidnei (Luisão, 77m), David Luiz, Fábio Coentrão; Carlos Martins (Ramires, 46m), Javi García (Airton, 46m), Aimar (Jara, 46m), César Peixoto (Felipe Menezes, 65m); Saviola (Luís Filipe, 78m) e Kardec (Cardozo, 46m).

FEYENOORD: Mulder; De Vrij, Ron Vlaar, André Bahia e De Cler; El Ahmadi (Van Haarem, 76m) e Leroy Fer; Wijnaldum, Bruins (Dani Fernández, 81m) e Biseswar; Smolov (Castaign, 76m)

Ao intervalo: 0-1

Golos:

0-1: Smolov

1-1, Cardozo (50m)

2-1, Cardozo (73m)

3-1, Felipe Menezes (75m)

4-1, Ruben Amorim (85m)

Penalties: 5-4