O Benfica inaugurou esta sexta-feira, com pompa e circunstância, o Museu Cosme Damião, junto ao Estádio da Luz. Um espaço com quatro mil metros quadrados com mais de novecentas peças em exposição, entre as quais, troféus, camisolas e relíquias que, ao longo de 29 espaços temáticos, passam em revista os 109 anos do clube. Uma «obra» que deixou Luís Filipe Vieira «orgulhoso».

«É impossível não sentir o peso da história e principalmente a admiração por aqueles que em 1904 deram início a esta aventura. A viagem que acabámos de fazer é a obra mais apaixonante desde que cheguei ao Benfica. É justo que tenha o nome de Cosme Damião. O museu que tem o seu nome deve ser um espaço de projeção do Benfica, de Lisboa e de Portugal», começou por destacar o presidente na cerimónia protocolar que contou com a presença de António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, e Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, como convidados especiais, entre muitas figuras ligadas ao clube.

Luís Filipe Vieira destacou, no entanto, com «estranheza», as ausências do Presidente da República, Cavaco Silva, e do primeiro-ministro Pedro Paços Coelho. «Deve ter sido a primeira vez na história em Portugal que tal sucedeu, mas não me cabe a mim fazer juízos de valor, mas é evidente que o lamento. Recebemos sempre bem quem nos visita e apenas podemos estranhar estas ausências em dois momentos tão significativos da vida do maior clube português», referiu.

Palavras mais simpáticas para António Costa, presidente da Câmara de Lisboa a quem Luís Filipe Vieira lançou o desafio de encontrar um espaço à altura do nome de Eusébio, a grande figura de destaque nesta cerimónia. O autarca aceitou o repto. «Eusébio merece muito mais do que uma rua, uma avenida ou uma praça. A melhor forma de homenagear é, em conjunto com o Benfica, um grande parque desportivo que contribua para a formação desportiva, social e cívica dos jovens da cidade de Lisboa», destacou o edil.

O museu foi construído no tempo recorde de um ano e três meses. Trata-se de um espaço moderno, distribuído por três pisos, com quase um milhar de peças, desde troféus de futebol e modalidades, a objectos pessoais de jogadores, técnicos e dirigentes, até às doações de outras entidades fora do clube.

As portas ao público abrem na próxima segunda-feira. Os preços variam entre os 5 euros, para sócios e os 25 euros para o público em geral, mas também há preços especiais para crianças e famílias.