O Benfica perdeu o jogador preferido pelos treinadores em 2006/07.
Este simples enunciado antecipa a frase seguinte: será praticamente impossível encontrar quem esteja ao mesmo nível. Teria de ser um jovem génio ou um jogador maduro e de nível internacional.
Descobrir génios (como o F.C. Porto, com Anderson) implica uma boa prospecção e alguma sorte. Contratar jogadores de nível internacional no auge é praticamente impossível para qualquer clube português.
Ou seja, para o Benfica um jogador como Simão é muito difícil de substituir.
No entanto, creio que é justo dizer que o Benfica está hoje mais sólido enquanto clube do que no passado (há três ou quatro anos, por exemplo). Por isso necessita menos do que Simão significava fora do campo, naqueles longos períodos em que parecia que a equipa se esgotava no internacional português.
Hoje é diferente. Mas continuará a ser preciso descobrir alguém que possa dar, em termos puramente futebolísticos, aquilo que Simão dava.
PS: Juntar à saída de Simão a entrada de muitos jogadores, criar conflitos com jogadores do plantel e empurrar para a rua o homem que fazia a ligação entre a equipa e a direcção é que poderá ser muita coisa ao mesmo tempo. O processo José Veiga é, para já, difícil de entender. Quer dizer, o ex-empresário nunca foi bem visto por quase todos os que são próximos de Vieira. Até por isso, percebe-se mal que o tenham deixado regressar em Junho.