O Benfica deseja contar com Kalou, avançado costa-mafinense, para reforçar o plantel, mas a Holanda também quer passar a contar com o jogador de 20 anos como seu internacional. Esta é uma situação que pode (e muito) condicionar uma saída de Kalou do Feyenoord.
Kalou nasceu na Costa do Marfim, mas ainda nunca representou a sua selecção e as motivações atribuídas são as de que o avançado estará interessado em representar a selecção da Holanda. O próprio seleccionador holandês, Marco van Basten, já pediu um regime de excepção para poder contar com ele no Mundial 2006.
O actual avançado do Feyenoord está na Holanda desde 2003 e só em 2008 poderá obter a nacionalidade holandesa. Mas van Basten pediu que o processo fosse antecipado até 2006 dado que o jogador já cumpre todos os requisitos de cidadão holandês.
Mas este cumprimento dos requisitos de cidadão holandês de pleno direito pode ser afectado se Kalou deixar o país. Por isso terá sido recusada uma proposta do Valência para contar com Kalou. Por isso foi agora, inicialmente, vista como uma solução plausível a saída do ainda costa-marfinense para o PSV.
E quanto mais se fala da saída de Kalou do Feyenoord, o mal-estar causado por ir para um clube rival na Holanda pode sugerir a solução «estrangeiro». A entrada do Benfica em cena pode determinar assim a opção definitiva de Kalou pela selecção que vai representar.
Uma situação que está de várias formas directamente ligada à carreira do jogador, também por consequências inversas. Ou seja, por ainda não ter representado qualquer selecção, Kalou tem fechadas as portas do mercado inglês.
Para poder jogar em Inglaterra, um jogador tem de ter feito 75 por cento dos jogos da selecção do seu país na época imediatamente anterior. Ora, não tendo ainda jogado por qualquer equipa nacional, o interesse em Janeiro passado manifestado por Chelsea e Arsenal no costa-mafinense não pôde passar disso mesmo: de interesse em contratar, mas sem poder utilizá-lo nas equipas.