As constantes trocas no «onze» são uma marca do «reinado» de Quique Flores. Em 37 jogos já disputados pelo Benfica na presente temporada (entre Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e Taça UEFA), o técnico espanhol só repetiu a equipa duas vezes. Se só fizermos a comparação entre a equipa titular apresentada nos jogos da Liga, então este número passa a três.
A primeira vez que Quique repetiu a formação foi à quarta jornada. Depois de ter alcançado a primeira vitória da época em Paços de Ferreira, o treinador espanhol apostou no mesmo «onze» para a recepção ao Sporting. Quim, Maxi Pereira, Miguel Vítor, Sidnei, Jorge Ribeiro, Rúben Amorim, Yebda, Carlos Martins, Reyes, Nuno Gomes e Cardozo repetiram a titularidade e com bons resultados, já que o Benfica venceu o rival por 2-0.
Depois seguiram-se vários meses sem que Quique apostasse duas vezes no mesmo «onze». Tal só veio a acontecer de novo recentemente. Depois de vencer a Naval, na Figueira da Foz, o técnico espanhol decidiu repetir o «onze» para a recepção ao Vitória de Guimarães. O efeito não foi o mesmo, já que o Benfica foi derrotado em casa (0-1). Moreira, Maxi Pereira, Luisão, Miguel Vítor, David Luiz, Katsouranis, Yebda, Reyes, Di María, Aimar e Cardozo foram os eleitos.
Se tivermos em conta as mudanças apenas entre jogos na Liga, então podemos dizer que Quique Flores manteve o «onze» em três ocasiões. É que na 14ª jornada (recepção ao Sp. Braga) e na 15ª (visita ao Belenenses), Quique utilizou a mesma equipa. Pelo meio, contudo, houve dois jogos da Taça da Liga, frente a Olhanense e Belenenses, igualmente.
Média de três alterações por jogo
Fazendo uma análise às mudanças que Quique Flores faz na equipa entre cada jornada da Liga, chegamos à conclusão que, em média, troca três jogadores de jogo para jogo. O treinador espanhol fez setenta alterações no «onze», na soma das 24 jornadas.
A análise às equipas utilizadas reflecte, de alguma forma, as dúvidas que o técnico teve ao longo da época. O posto de lateral esquerdo, a zona central do meio-campo e o ataque são as zonas nas quais Quique mais mexeu.