O Benfica juntou este sábado num almoço comemorativo do 101º aniversário do clube 250 figuras do passado. Na presença de antigos jogadores, dirigentes e treinadores, a iniciativa teve lugar no camarote presidencial do Estádio do Luz, onde estiveram, entre outros, Valdo, Magnusson e Ricardo Gomes.
Espírito Santo, velha glória que brilhou no final dos anos 30 e na década de 40, mostrou-se emocionado. «Não estão a ver o que significa isto para uma pessoa com 85 anos. Eu, que comecei a jogar nas Amoreiras, num campo que levava cinco mil pessoas e hoje estou aqui num campo que leva mais de cinquenta mil. Na altura um bilhete custava 25 tostões, agora já custam 50 euros», contou.
Mais recente é Eusébio, o grande ícone encarnado. «Para mim significa muito reencontrar toda esta gente. Estou com a minha família benfiquista a viver os 101 anos do clube e estou a rever os meus colegas, jogadores e outros. Este convívio é das melhores coisas que podia ter, pois estão aqui várias gerações, como o Espírito Santo, por exemplo, que eu só o vi em fotografias a preto e branco e o meu compadre Coluna», abordou, acrescentando mais emoções: «Quero prestar também homenagem a todos os que não estão aqui, mas que estão no meu coração, como o José Águas. Gosto deles todos, o Ricardo Gomes, o Veloso, muitos vieram de longe e graças a Deus o Benfica conseguiu juntar-nos. Este almoço é um momento único.»
De bem longe veio Ricardo Gomes, também muito satisfeito pela oportunidade de reencontrar velhos amigos. «As minhas recordações são as melhores possíveis. Um dia só é pouco para recordar tanta gente. Desde que cheguei ainda não parei de falar, no mínimo precisava de uma semana para por a conversa em dia com esta gente. O Benfica é um clube especial, marcou a vida de cada um de nós e não digo isto por dizer, mas o Benfica é um dos maiores clubes do mundo. Aqui temos sempre prazer de voltar», vincou.