Os primeiros 15 minutos do jogo
Acaba por ser o melhor do jogo. A forma colectiva com o Benfica jogou nos minutos iniciais, encostando o Sp. Braga à sua área, acabando com os ataques adversários à entrada do meio-campo, empolgando os adeptos, chegando ao golo merecido apenas pela forma como se entregou ao jogo mal o árbitro apitou. Manduca deu o mote. Seguiram-se cruzamentos sucessivos para a área, trocas de bola geniais ao meio, aberturas, desmarcações. Os adeptos gostaram e fizeram muito barulho. E foi aí que o Benfica venceu.
Léo, o habitual
O pequenino jogador do Benfica fez mais uma boa exibição e desta vez chegou mesmo a trocar de posição por breves momentos com Laurent Robert. Ou seja, Léo chegou mesmo a ser um extremo esquerdo, enquanto o francês ficava atrás, a proteger as suas costas. Boa entrada aos lances, atento na marcação e rápido a sair para o ataque, Léo ajudou a galvanizar a ala esquerda com que o Benfica começou a explodir no jogo.
Robert jogou mais
Combinou muito bem com Léo, mas é incrível a dependência que tem do pé esquerdo. Apenas utiliza esse pé para comandar a bola, para desviar a trajectória, para rematar, para cruzar para golo, e até para cortar um lance. Foi ele que meteu a bola na área para o golo feliz de Nuno Gomes, e foi ele que esteve nos grandes 15 minutos do Benfica esta noite. Fez um grande corte junto à sua área, o que deu direito a salva de palmas. Na segunda parte aplicou o forte pontapé, mas não teve sorte. Saiu muito aplaudido.
Moretto ainda treme
Num jogo que estava controlado, o guarda-redes mostrou mais uma vez mãos demasiado macias. Deixou fugir quase tudo o que foram cruzamentos para a área e o Sp. Braga tentou aproveitar. Pelo menos por três vezes na primeira parte, viu a bola escapar para algum sítio que não esperava. E não se livrou de alguns assobios dos adeptos encarnados. Fez duas boas defesas a remates de João Tomás e acabou por subir na segunda metade e acabou por finalmente ouvir aplausos.
Wender, o bom e o mau
Foi o mais mexido, o mais criativo, talvez aquele que correu mais, e o que mais quis que o resultado fosse diferente. O avançado brasileiro mexeu-se mais do João Tomás e Delibasic juntos e era normal, por isso, que tanto reclamasse com os companheiros. Mas eles não andavam à mesma velocidade, perdiam os lances que ele criava, e poucas vezes falaram a mesma língua. Depois virou os protestos para o árbitro, mas não deixou de lutar. Ele merecia sair com outro resultado.
Ricardo Rocha à direita
A primeira vez do esquerdino no lado contrário, depois de já ter passado por lateral esquerdo e central. Com este jogo, Rocha já passou por todas as posições da defesa encarnada. O Sp. Braga não aproveitou a provável inaptidão de Ricardo Rocha ao lado direito, mas Simão teve muitas vezes de vir auxiliar no que fosse preciso atrás. Um jogo positivo de Ricardo Rocha, mas o teste não foi tão intenso como, por exemplo, o de Luís Filipe.
Noite de terror para Luís Filipe
Ver passar por ali nos minutos iniciais Léo, Robert, Manduca e Simão não é fácil. Nem para Luís Filipe nem para outro defesa. Mas foi com todos estes que Luís Filipe teve de medir forças esta noite. E o resultado, talvez o mais previsível, acaba por ser negativo. O cruzamento para o golo surgiu do seu lado, andou vários minutos atrás dos jogadores encarnados, acusando dificuldade em fazer face a tantas jogadas do seu lado. Não teve o apoio necessário e assim o Benfica aproveitou para utilizar essa «estrada» para chegar à baliza de Paulo Santos. Foi o suficiente. Terminou o jogo da pior forma. Expulso.
Petit saiu aplaudido, mas pouco contente
Sabia que estava a ser poupado para o jogo de terça-feira, mas nem assim aceitou. Recebeu muitos aplausos, mas abanou com a cabeça enquanto saía. Ia directo para o túnel, mas Bruins Slot segurou-o para o banco. Seguiu a direito por trás de Koeman e sentou-se no banco. Terça-feira há mais.