A figura: Mossoró

Inteligência em movimento na Luz, mas a descansar a bola no pé. Quando a teve, sobretudo nos primeiros 15 minutos, Mossoró pareceu que fez parar o tempo. Recebeu, olhou, pensou e executou melhor. Deu golos a Lima, mas o compatriota da frente não aproveitou. Sempre À procura de espaços para quebrar a defensiva encarnada, ainda soube coordenar com Alan, mais vezes, e Ruben Amorim. O perigo passou sempre por ele e quando a bola lhe sobrou na área, perante Artur, aí sim, o tempo parou mesmo: tirou o guarda-redes da jogada e atirou para o 2-1. Saiu aos 68 com o dever mais que cumprido.

O momento: minuto 63

Claro que há aquele lance, dez minutos mais tarde (ver destaques do Benfica), mas, antes, houve Sp. Braga em vantagem na Luz. Os minhotos levaram um soco no estômago com o golo de Salvio, mas viraram o marcador no terreno adversário. Ora, fazer isso na Luz não é para todos. Houve fortuna dos minhotos? Sim, houve, mas a sorte sorri a quem tenta. E quando Mossoró fez o 1-2, o Sp. Braga já há discutia o jogo.

Destaques do Benfica

Outros destaques

Ruben Amorim

Apareceu no onze como principal surpresa, mas desde logo percebeu-se a ideia. Ruben Amorim tinha de travar aquele que substituía no onze do Benfica, enquanto jogava na Luz. O sinal era de tapar as subidas de Maxi Pereira, mas o camisola 5 do Sp. Braga não se limitou a isso. Claro, não é um extremo, não lhe peçam para ser Alan, por exemplo. Mas podem pedir-lhe equilíbrio, jogo esperto e inteligente que ele traz isso tudo isso ao relvado.

Leandro Salino

Bruno César esteve apagado e o culpado tem nome: Leandro Salino. O lateral-direito voltou a fazer uma daquelas exibições intensas, sempre em luta pela bola e sem se coibir de subir no terreno. Tirou uma asa à águia e deu meia ao Sp. Braga. Aliás, apareceu a rematar na segunda parte, quando arriscou mais. Correu imenso e encheu o corredor direito dos minhotos, numa exibição fulgurante. Que o diga Nolito também.

Douglão

Tremeu sob pressão e acabou injustiçado. O Sp. Braga tentava construir jogo atrás, mas Douglão deu sempre sinais de que a algo de mau estava para acontecer. E aconteceu mesmo, só que o central brasileiro não teve culpa total. A única coisa que se lhe pode apontar por ter sido expulso é o facto de ter visto um cartão amarelo por protestos, mas isso não justifica, de modo nenhum, a injustiça de que foi alvo. Custódio tocou a bola com a mão, na área, mas o trio de arbitragem considerou que foi Douglão e o brasileiro foi tomar banho mais cedo. Em resumo, esteve no centro da polémica.