Os trinta adeptos russos detidos antes do início do jogo Benfica-Spartak de Moscovo, da Liga dos Campeões, foram condenados a pagar uma multa de 1.600 euros e ficaram proibidos de entrar em estádios durante dois anos.

Segundo um comunicado divulgado pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, os trinta adeptos, que foram julgados à revelia por já não se encontrarem em Portugal, foram condenados pelo crime de participação em rixa.

«Os trinta adeptos foram condenados na pena de multa de duzentos dias à taxa diária de 8 euros por dia e ainda na pena acessória de dois anos de proibição de entrada em estádios de futebol», refere o documento.

Os incidentes referem-se a 7 de novembro, quando a PSP deteve trinta adeptos do Spartak de Moscovo e um do Benfica por desacatos antes do jogo entre as duas equipas, da quarta jornada do Grupo G da Liga dos Campeões, que o clube português venceu por 2-0.

Segundo a polícia, nos momentos que antecederam o início do jogo, junto ao Estádio da Luz, «um número elevado de adeptos, afetos às claques dos dois clubes, envolveram-se em desordem».

Da intervenção «para reposição da ordem pública» resultou a detenção dos referidos adeptos da equipa visitante, além de um apoiante benfiquista, que lançou uma cadeira que atingiu um elemento da força policial, causando-lhe ferimentos na mão e na perna.

O adepto benfiquista detido foi identificado como Hugo Inácio, que já tinha antecedentes criminais - foi o autor do disparo do «very light» que culminou na morte de um adepto do Sporting na final da Taça de Portugal, em 1996 -, tendo já sido condenado anteriormente pelo Tribunal de Pequena Instância de Lisboa a 18 meses de prisão efetiva, com pena acessória de privação de entrar em recintos desportivos.