Julian Weigl está convocado para a receção do Benfica ao Desportivo das Aves, marcado para esta sexta-feira, e Bruno Lage não teme que o médio alemão, face ao elevado investimento que o clube fez nele, ceda à pressão e revele os mesmos problemas de adaptação de Raul de Tomás que acabou de sair para o Espanhol. Para o treinador, a pressão é igual para todos, quer tenham custado 20 milhões ou apenas dois ou três.

«A pressão sobre o Raul é a mesma de fazer resultar o Vinícius ou fazer resultar o Tino [Florentino] que é uma contratação da nossa formação. A pressão é sempre máxima. Talvez um excesso de pressão de quem está de fora condicione um pouco isto», começou por destacar.

O treinador destaca um episódio que, no seu entender, aumentou a pressão sobre Raul de Tomás logo no início da época. «A partir de determinada altura, na terceira ou quarta jornada, em Braga, o Raul tem duas bolas para encostar, ele e o Seferovic, mas os adversários atiraram-se para a frente dele e fazem um autogolo. A partir daí a pressão para determinados jogadores aumentou mais do que aquilo que é normal. Há pessoas que lidam melhor com a pressão, outros menos», contou.

Bruno Lage é que parece imune a qualquer pressão. «Eu não tenho pressão nenhuma nesse aspeto, a minha função é contribuir para que os meus jogadores treinem da melhor maneira, que a equipa jogue da melhor maneira e que consiga obter os melhores resultados. Independentemente de terem custado 20 milhões ou três ou quatro, como foi o caso do Chiquinho. Ou o tempo que custou a formar o Tino, o Gedson, o Tomás, o Ferro, o Rúben, o Nuno Tavares, o David Tavares. A pressão é igual para toda a gente», destacou ainda.