O Benfica tem nesta altura oito jogadores emprestados a equipas estrangeiras, mas isso não significa necessariamente que não possa ceder mais jogadores.

No verão de 2022, a FIFA apertou as regras relativas ao empréstimo de jogadores, tendo fixado em oito o número máximo de jogadores que um clube pode ter cedidos a emblemas estrangeiros ao mesmo tempo.

No entanto, os regulamentos admitem exceções. Por exemplo, jogadores com 21 ou menos anos que tenham feito formação no clube que cede o jogador - leia-se, que tenham cumprido três épocas inteiras ou 36 meses entre a época do 15.º aniversário e a época em que fazem/fizeram 21 anos) - ficam fora desta contagem.

É o caso de Henrique Araújo, avançado de 21 anos (feitos há dias) que acaba de ser cedido aos ingleses do Watford.

Sendo assim, à luz dos regulamentos que entraram em vigor a 1 de julho de 2022, o Benfica tem sete de oito vagas preenchidas: Seferovic (Galatasaray), Weigl (Borussia Monchengladbach), Mëité (Cremonese), Gabriel (Botafogo), João Victor (Nantes) Ferro (Vitesse) e Tiago Dantas (PAOK). Estes últimos dois fizeram a formação no Benfica mas já têm mais de 21 anos.

Recorde-se que, recentemente, Germán Conti e Yony González terminaram os empréstimos a América Mineiro e Deportivo de Cali, respetivamente. Das três, uma: ou seriam inscritos na Liga Portugal (pelo Benfica ou por outra equipa), ou eram transferidos a título definitivo, ou novamente emprestados a equipas estrangeiras, o que, a acontecer, inviabilizaria, por exemplo, o empréstimo de João Victor ao Nantes, já que as oito vagas estariam preenchidas.

Conti foi transferido em definitivo para o Lokomotiv Moscovo e é já um dossier fechado.

Refira-se que os regulamentos da FIFA relativos às cedências internacionais de jogadores vão apertar ainda mais nas próximas épocas: em 2023/24, o limite será de sete e na temporada seguinte, a última de um período de transição de três anos, seis.