Quando entrou em campo na Luz contra o Famalicão, Pizzi já tinha como certo que, acontecesse o que acontecesse para a frente, 2019/20 seria a melhor época da carreira no que a golos diz respeito.

Diante do Zenit, para a Liga dos Campeões, o médio do Benfica superou o máximo pessoal (15 em 2018/19) e este sábado bisou na goleada dos encarnados por 4-0.

Pizzi já leva 18 golos em 2019/20 de águia ao peito (mais um se tivermos em conta a Seleção) e na noite passada, em que reassumiu a liderança isolada dos goleadores da Liga com 11 golos, voltou a deixar adeptos, treinador, companheiros de equipa e rivais rendidos a ele.

Bruno Fernandes, por exemplo, elogiou publicamente o jogador do «eterno rival». «Como jogas, Luís Miguel», escreveu na página de Pizzi no Instagram.

Na época passada, por esta altura, o médio do Sporting era assunto trend no panorama futebolístico nacional. Caminhava para a temporada mais goleadora de um médio no futebol europeu (o que veio a verificar-se, com 32 remates certeiros), mas os números de Pizzi nesta altura são muito superiores aos que apresentava o companheiro de seleção no período homólogo.

O melhor marcador das águias soma 18 golos em 24 partidas realizadas em 2019/20 e nem precisa de manter o ritmo para pulverizar o registo impressionante de Bruno Fernandes, que assinou 13 golos nos primeiros 24 jogos da temporada anterior.

O capitão dos leões dobrou o ano com 14 tiros certeiros, teve um mês de janeiro mais modesto (dois golos) e disparou rumo ao a partir de fevereiro, com 16 golos em 20 presenças, números aproximados dos que Pizzi tem apresentado esta época.

Refira-se que em duas das três épocas anteriores Pizzi fez mais de meia centena de jogos oficiais: na última, a mais profícua em golos, totalizou um recorde pessoal de 55 chamadas à equipa sob o comando de Rui Vitória e de Bruno Lage. Quer isto dizer que aquela que já é a melhor temporada do médio dos encarnados pode ainda nem ter chegado a meio.