Um dia depois de o International Board ter tecido considerações sobre a célebre jogada entre Vlachodimos e Rúben Dias no jogo com o Milan para a International Champions Cup, Bruno Lage saiu em defesa da inovação, refutando a tese de antijogo na motivação da reposição de bola em campo.

«Foi apenas uma ideia que me surgiu em função do que foi a nossa análise do Milan e de como joga em losango e com muita gente no espaço interior. Quando estamos a sair pelo nosso guarda-redes, eles colocam logo três jogadores aí. A nova regra permite ter os centrais na área. Assim, o meio-campo tem de ter uma cobertura de três médios. Três médios a correr 70 metros... está aqui o Rui Costa, ele foi médio e 70 metros é muito para correr», contextualizou.

Lage esclareceu que o objetivo passava por atrair os jogadores da equipa italiana para depois ter mais espaço para jogar, conseguindo assim tirar proveito do novo regulamento através de uma característica do guarda-redes grego. «Pelo jogo de mãos do Ody[sseas] Vlachodimos, ele mete a bola onde quer. Em dois segundos e meio chegou ao limite da área e colocou a bola no pezinho do Grimaldo.»

E concluiu: «Andamos nisto sempre com uma vontade enorme de trabalhar e levar para lado estratégico. Nunca foi nossa intenção ir contra a natureza do jogo ou alguma questão de fair-play. Foi por uma questão estratégica.»