Ángel Di María. Um nome bem conhecido no futebol nacional. Brilhou pelo Benfica e pelo mundo fora. Agora, ruma à terra natal, a Argentina, para regressar ao Rosario Central.
Voltou aos encarnados em 2023, a primeira 'casa' na Europa, 13 anos depois. Vestiu de águia ao peito por mais duas temporadas, depois de uma primeira passagem entre 2007 e 2010. O argentino provou que, mesmo em idade avançada, consegue continuar a ser decisivo.
Nas duas últimas temporadas venceu a Supertaça (2023) e a Taça da Liga (2025). Nas mãos do alemão, Roger Schmidt, teve mais protagonismo. Já com Bruno Lage foi mais gerido e reduziu o impacto. As estatísticas fornecidas pelo Sofascore ajudam a explicar isso.
Na época da reestreia, com Schmidt ao leme do Benfica, o argentino foi figura predominante. Foi titular em 46 dos 48 jogos e somou quase quatro mil minutos na temporada (3984 m), de acordo com os dados do Sofascore.
Na temporada 2024/25, esses números desceram ligeiramente. Di María foi titular em apenas 34 dos 44 jogos e somou, desta vez, perto de três mil minutos (2909 m).
A classificação média dos jogos também reduziu ligeiramente. Passou de 7.70 para 7.49. O argentino criou menos oportunidades: de 34 passou para 20. Di María, na sua essência, baixou quase todos os números. Cruzou menos (9.29 por jogos para 5.52) e mesmo o número de remates por jogo também desceu de 3.33 para 2.64.
No que toca a assistências para golo, o médio passou de 13 para nove. No entanto, no que toca a fazer as redes abanarem, o saldo é de crescimento: os 17 golos marcados em 2023/24 foram superados pelos 19 tentos certeiros desta temporada.
O trajeto pela Europa fora
Antes deste regresso às águias, Di María passou pelas melhores Ligas e pelos melhores clubes do mundo. O avançado argentino, recorde-se, chegou à Europa em 2007, para representar o Benfica.
Vestiu a camisola do Real Madrid, proveniente do Benfica, durante quatro épocas. Fez 190 jogos, 35 golos e 66 assistências. No currículo levou uma Liga espanhola, duas Taças e uma Supertaça, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia.
Rumou para o Manchester United na temporada 2014/15. Em 32 jogos marcou cinco golos e fez 11 assistências pelos 'Red Devils'. Passou apenas um ano em Inglaterra. No ano seguinte reforçou o PSG, clube que representou durante sete temporadas.
Foi nos parisienses que conquistou o maior número de títulos por um clube. No total, foram 18: cinco Ligas, cinco Taças de França, quatro Taças da Liga e quatro Supertaças. Em termos de números individuais, Di María marcou 92 golos e fez 112 assistências em 295 jogos.
Ángel passou ainda por terras italianas antes de regressar ao Benfica. Na temporada 2022/23, o argentino representou a Juventus, tendo marcado oito golos e feito sete assistências em 40 jogos.
Já lá vão 18 anos desde que um tal jovem argentino de apenas 19 anos embarcou para a Europa atrás do 'sonho'. Chegou, viu e venceu. Foram 774 jogos, 190 golos, 243 assistências e 29 títulos. Números redondos, portanto.
Ángel Fabián Di María Hernández escreveu o seu nome no futebol europeu. Continuará a 'espalhar magia' na Argentina. E, para os benfiquistas, poderá deixar (ou não) saudade.