O Benfica tem por receber 76,5 milhões de euros do total de 400 milhões acordados com a NOS, pela venda dos direitos televisivos celebrada em 2015, num vínculo que é nesta altura válido por mais três anos e meio, até ao final da época 2025/26.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sobre o lançamento de um empréstimo obrigacionista de até 40 milhões de euros, a SAD do Benfica refere que já recebeu 247 milhões de euros até 31 de dezembro de 2022.

Porém, dos 153 milhões de euros sobrantes, explicam, 50 por cento deste valor, correspondente a 76,5 milhões de euros, foram antecipados em créditos, pelo que os encarnados têm agora por receber os restantes 76,5 milhões de euros.

«A Benfica SAD, a Benfica TV (então integralmente detida pela Benfica SAD), a NOS, SGPS, S.A. e a NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. celebraram um contrato de cessão dos direitos de transmissão televisiva dos jogos em casa da Equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do canal de televisão BTV, em 2 de dezembro de 2015, com início na época desportiva 2016/2017 e com uma duração inicial de três anos», começa por lembrar a SAD das águias, no prospeto.

«À data do Prospeto, o contrato já se encontra renovado até à época 2025/2026, inclusive. A contrapartida financeira global ao abrigo deste contrato ascende a €400 milhões, dos quais já foram reconhecidos como rendimento até 31 de dezembro de 2022 €247 milhões, encontrando-se ainda por reconhecer um montante remanescente de €153 milhões. A 31 de dezembro de 2022, dos €153 milhões por reconhecer, encontravam-se cedidos 50 por cento do valor das receitas previstas no referido contrato, referentes ao segundo semestre da época 2022/2023 e às épocas 2023/2024 a 2025/2026, totalizando um montante de €76,5 milhões», prosseguem, notando que «o recebimento dos créditos decorrentes deste contrato depende do seu cumprimento por parte da NOS, SGPS, S.A. e da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A., cujo incumprimento poderá ter um impacto financeiro adverso na Benfica SAD» e que «a cessação desta relação», embora não se estime «vir a acontecer, poderá afetar significativamente a atividade da Benfica SAD», concluem.