Atualmente no Sassuolo, Filip Djuricic foi contratado pelo Benfica em 2013 e as expectativas eram muitas, mas o casamento entre o jogador sérvio e as águias não correu da melhor maneira.

Depois de uma primeira época em que foi opção em apenas 22 ocasiões, o médio foi emprestado a Mainz e Southampton antes de regressar à Luz em 2015, novamente sem grande sucesso.

Em entrevista ao Sportklub, Djuricic recordou essa etapa em Lisboa e contou que esteve em vias de envolver-se num confronto físico com Rui Costa, hoje presidente do clube e na altura diretor-desportivo.

«Estava no último contrato com o Heerenveen, estava perto de mudar-me para o Ajax, e tinha recebido várias ofertas de grandes clubes europeus como o Arsenal, o Dortmund, o Liverpool e o Inter de Milão. Também estive em contacto com o Milan. Mas escolhi o Benfica porque me parecia a melhor opção na altura», começou por dizer.

«Era uma equipa dominante no campeonato e que disputa a Liga dos Campeões. Além disso, era um grande desejo do clube e do Rui Costa. Ele convenceu-me a vir para Lisboa. Embora estivesse mais próximo do Ajax, ouvi-o porque ele disse-me que eu era o número dez depois dele e do Aimar», continuou.

Mas as coisas não correram bem: «Há duas razões pelas quais as coisas não correram bem. Eu era muito jovem, sem experiência naquele nível, e não estava nos planos do treinador, apesar de ser um projeto do clube. No segundo treino, o Jorge Jesus disse-me que jogava com dois médios e que eu poderia jogar a avançado. Fiquei em choque. Optei pelo Benfica ao invés de outros clubes e acontece-me isto. Mas o Matic disse-me para me concentrar, pois o treinador queria tirar o melhor de mim.»

«Não comecei mal, joguei na Liga dos Campeões e até marquei um golo. Os primeiros seis meses foram razoáveis, mas depois foi tudo por água abaixo e ele [Jesus] disse-me que era melhor ir para outro clube. Percebi que não tinha escolha», acrescentou.

Depois, Djuricic revelou a tal situação com Rui Costa: «Houve um jogo em que entrei e joguei muito bem, e era suposto ser titular no encontro a seguir, mas fiquei na mesma no banco. Fui aquecer muito cedo e mantive-me sempre em movimento. Quando vi que ele optou por outro jogador, fui direto para o balneário. Rui Costa viu isso e questionou-me. Houve um confronto verbal e o Luisão, capitão lendário, evitou um confronto físico. No final, o clube cedeu e permitiu que eu saísse sem qualquer compensação financeira.»