Bruno Costa Carvalho apresentou esta quinta-feira a candidatura à presidência do Benfica no Museu Cosme Damião e partilhou as traves-mestras do programa que desenhou para o clube encarnado, que vai a eleições em outubro.

«O projeto tem um objetivo muito claro: tornar o Benfica um superclube europeu e estar, de uma forma consistente, entre os 16 melhores da Liga dos Campeões. Um superclube europeu tem fãs em todo o Mundo, os seus jogos são vistos por milhões e milhões de pessoas, as camisolas dos principais jogadores são vendidas aos milhões, os miúdos sonham com essas equipas, que têm sempre estruturas financeiras muito sólidas e cujas grandes marcas internacionais se juntam porque são projetos vencedores», afirmou.

Recorde-se que Bruno Costa Carvalho foi a votos nas eleições de 2009, que perdeu para Luís Filipe Vieira. Entretanto, os estatutos do clube da Luz foram alterados e não permitem que alguém com menos de 25 anos na condição de sócio efetivo (após a maioridade) possa candidatar-se.

«Se nós quisermos chegar às urnas, chegamos. Temos muitas pessoas com os tais 25 anos. Temos outras alternativas, mas não temos essa decisão tomada. Todo o grupo conhece a situação ao detalhe e está absolutamente confiante e a dar a cara», ressalvou, citado pela Lusa, em relação a um possível ‘plano B’ caso a mesa da AG reprove a sua candidatura por não cumprir os requisitos acima referidos.

Ainda sobre o projeto que tem para o Benfica, Bruno Costa Carvalho considerou que Portugal tem dimensão suficiente para ter um clube com aquele em que ambiciona tornar as águias, que quer ver entre os «tubarões» da Europa. «Os grandes clubes do Mundo descobriram que as suas grandes receitas provêm dos direitos televisivos dos seus jogos, por isso querem jogar entre si para aumentarem essas receitas. Daí falar-se de um novo figurino para a Liga dos Campeões, limitado a 20 clubes, e o Benfica tem de pertencer. Para isso, tem de ser um clube relevante e tem de estar sempre nos 16 melhores. Isso não acontece e o Benfica arrisca-se a descer à segunda divisão europeia, o que é imperdoável e impensável», avisou.

O putativo candidato às eleições explicou ainda como será possível alcançar isso. «Melhorar significativamente a competitividade desportiva em termos europeus, fazer com que a marca apareça com mais força nos mercados emergentes, como a Ásia e o Médio Oriente, ter uma situação financeira extremamente sólida e criar um ciclo virtuoso que vai projetar o Benfica para a dimensão de superclube europeu», apontou, anunciando Sven-Goran Eriksson, ex-treinador do Benfica, como hipótese para ocupar o cargo de diretor desportivo e prometendo reforçar a qualidade do plantel, dando-lhe um suporte técnico onde Jorge Jesus tem, disse, o perfil pretendido.

No plano financeiro, Bruno Costa Carvalho afirmou pretender «aumentar os capitais próprios do Benfica para mil milhões de euros», e criar robustez financeira para «atacar o mercado com outra qualidade».

O candidato às eleições de 2009 garantiu que se for eleito irá «devolver a democracia ao Benfica através da revisão dos estatutos do voto eletrónico acompanhado de voto físico ou dos debates na televisão do clube». Prometeu reforçar o ecletismo e fazer regressar o ciclismo.