Alfa Semedo assinou contrato com o Benfica por cinco anos e ainda tem três épocas mais de ligação, mas à semelhança do que aconteceu na segunda metade da temporada anterior, foi novamente emprestado. Desta vez ao Nottingham Forest, da II Liga Inglesa.

No Championship, num clube com uma grande colónia portuguesa, diz ter reencontrado o prazer de jogar futebol. Inglaterra, de resto, só lhe merece elogios: foi muito bem recebido, tem sido aposta do treinador e quer retribuir tudo isso com a promoção à Liga Inglesa.

Como é que lhe está a correr a época no Nottingham Forest?

A época está a correr muito bem. Estamos em quarto lugar e provavelmente vamos ao play-off. Claro que o clube tem o sonho de ficar num dos dois primeiros lugares, mas sabemos que se não conseguirmos isso temos sempre o play-off. Por isso a expetativa é muito grande. Há muitos anos que o Nottingham Forest não está na Liga Inglesa e está toda a gente com muita esperança.

E pessoalmente como é que a época lhe estava a correr?

Comecei muito bem o campeonato, depois da oitava ou nona jornada tive uma fratura nas costas e fui obrigado a parar dois meses. Mas regressei e regressei bem, estava outra vez a jogar, até que houve esta paragem obrigatória para toda a gente.

A adaptação num clube com tantos portugueses foi mais fácil?

Claro que estar lá com o Yuri Ribeiro, o Tiago Silva, o Tobias e o João Carvalho tornou as coisas mais fáceis. Tens com quem falar, tens com quem partilhar algumas coisas, tens com quem tirar dúvidas. O adjunto também é português, o mister Bruno Baltasar, e ajudou sem dúvida muito.

Fazem quase uma colónia portuguesa dentro do clube, não?

Estamos quase sempre juntos. No treino, depois do treino, combinamos ir almoçar ou jantar, estamos sempre juntos. Além disso somos todos jovens e acabamos por ter interesses comuns.

Como é que a comunidade portuguesa é vista pelos ingleses?

Gostam mesmo muito de nós. Os adeptos ingleses são muito fanáticos, vão sempre ver os jogos em casa ou fora, e o que nos passam é que gostam muito de nós. E eu também gosto de Inglaterra. É muito bom, não é? Um ambiente diferente, um campeonato diferente. É verdade que o tempo não é tão bom, está sempre a chover, mas é um sonho jogar em Inglaterra.

O facto de ser um clube com tantos portugueses influenciou a sua escolha no início da época?

Para ser sincero, eu na altura não sabia que o Tiago Silva e o Yuri iam para o Nottingham. Também não sabia que o adjunto era português. Só sabia que o João Carvalho e o Tobias estavam no clube. A minha decisão teve a ver com o facto de ser uma II Liga Inglesa, de ser um campeonato muito competitivo, que me ia ajudar a crescer como jogador e que me ia dar muita experiência.

Depois do empréstimo ao Espanhol que não correu tão bem, estava a precisar de uma experiência como esta em Inglaterra?

Acho que sim. Precisava de uma experiência como esta, onde chegasse, jogasse, levantasse o ânimo e sentisse o prazer de jogar futebol novamente.

E em Inglaterra também já o comparam ao Pogba, ou ainda não?

Sim, nos dois primeiros jogos ouvi muitos comentários, muita gente a fazer essa comparação, enfim, é a opinião de cada um. O Pogba é o meu ídolo, toda a gente já sabe isso.

O facto de ter semelhanças com Pogba, ambos são um box-to-box, têm qualidade com a bola e um remate forte, fá-lo tentar aprender com ele?

Gosto de ver jogos, no futebol estamos sempre a aprender. Por isso estou sempre a tentar ver algo novo, do qual possa tirar partido. Quando vemos futebol estamos sempre a ganhar alguma coisa. Não vejo só Pogba, vejo todos os jogadores que eu sinto que me podem dar mais.

Que jogadores são esses?

O Messi, o Ronaldo, a Liga Inglesa, a Liga Espanhola, a Bundesliga. Gosto de ver futebol.