O clássico entre o Benfica e o FC Porto é um jogo que, tradicionalmente, já tem algum impacto internacional, o deste sábado ainda mais, uma vez que vai contar com transmissão da cadeia de televisão ESPN para toda a América Latina. Um jornalista presente na conferência de imprensa pediu a Rui Vitória que explicasse, afinal de contas, o que é isto do clássico para os espectadores americanos.

«Em termos de clássico, é um jogo que em Portugal é vivido de forma muito intensa, é um jogo muito apaixonante, este e mais dois ou três que normalmente têm um mediatismo muito elevado. É claramente uma grande mensagem que mandamos para o Mundo a dizer que Portugal foi campeão da Europa, estão aqui duas boas equipas e vamos jogar num estádio lindo. É uma mensagem muito clara do que é a diversidade e a qualidade do futebol português», começou por destacar.

Além do jogo, o treinador recordou o carácter internacional do Benfica, que conta com adeptos em todos os pontos do globo. «Sabemos a quantidade de benfiquistas que existem por este mundo fora. Falar deste clássico é falar de um jogo intenso, apaixonante, que qualquer jogador gosta de viver. Eu sinto-me um privilegiado por poder participar nele», prosseguiu.

O treinador do Benfica fala num jogo «intenso», mas não garante «qualidade». Acho que é um jogo que deve ser visto. Muitas vezes estes jogos, pela competitividade que lhe é inerente, pela forma como os jogadores o vivem, acaba muitas vezes por não ter uma grande qualidade. Pode acontecer isso, mas é um jogo que é vivido de forma intensa e apaixonada e que qualquer pessoa que não viva no nosso continente deve ver», acrescentou.

Além disso, o clássico português conta sempre com sul-americanos nos dois lados das barricadas. Mais um motivo de interesse para os latino-americanos. «Quanto aos nossos sul-americanos, estamos muito contentes com eles. Uns a jogar mais outros menos, mas todos têm algo que a mim me deixa satisfeito e que me fascina. Todos têm um grande caracter, isso passa por perceber o clube onde estão, a sua profissão e a sua situação no clube. Além disso são grandes profissionais, porque sem do seu país, vêm à conquista da sua vida e têm-no feito de uma forma que a mim me deixa muito satisfeito», destacou ainda.