Longe vão os tempos em que os jogadores tinham um papel decisivo no surgimento e solidificação dos clubes de futebol. Nos primórdios, não faltaram exemplos como o de Rui Costa, que passou dos relvados ao mais alto cargo no Benfica.

Observando o passado recente, são poucos os casos em clubes de futebol de primeira linha.

Na Liga portuguesa, por exemplo, surge Rui Costa como presidente do Benfica e o espanhol David Belenguer, antigo jogador de clubes como o Bétis ou o Getafe, como líder máximo da SAD do Tondela. 

No país vizinho, curiosamente, a prática é mais comum. Josu Urrutia, antigo médio defensivo, foi presidente do Athletic Bilbao entre 2015 e 2018. Rafael Gordillo, ex-lateral, esteve na presidência do Bétis de Sevilha entre 2010 e 2011 e Fernando Sanz ocupou o cargo mais alto na estrutura diretiva do Málaga entre 2006 e 2010, depois do seu pai - Lorenzo Sanz - ter comprado 97% das ações do clube.

O Bayern Munique é um dos clubes mais conhecidos por apostar em antigos jogadores para cargos diretivos, com algumas polémicas à mistura. 

Franz Beckenbauer foi presidente do clube alemão entre 1994 e 2009 e Uli Hoeness foi o seu sucessor, ocupando a posição até ser condenado por evasão fiscal, em 2014. Hoeness voltou à presidência do Bayern Munique entre 2016 e 2019.

Oliver Kahn é o atual CEO do Bayern, sucedendo a Karl-Heinz Rummenigge.

Na Argentina, Juan Sebastián Verón foi eleito presidente do Club Estudiantes de La Plata em 2014 e continua a liderar o clube. Rivaldo assimiu a presidêndia do Mogi Mirim, no Brasil, em 2008 mas saiu em 2015, debaixo de críticas.

Giampiero Boniperti, nome histórico da Juventus, foi presidente da Vecchia Signora entre 1971 e 1990.

Se os casos em clubes de futebol são cada vez mais raros, sobretudo desde que as SAD entraram em cena, sobram nomes conhecidos em organizações desportivas e na presidência de um país, como acontece com George Weah, presidente da República da Libéria desde 2018.

Michel Platini foi presidente da UEFA entre 2007 e 2016, altura em que foi acusado de corrupção. Nota final para exemplos de ex-jogadores na presidência das Federações dos respetivos países, como Davor Suker na Croácia (de 2012 a 2021), Dejan Savicevic no Montenegro (presidente desde 2001) ou Luis Rubiales em Espanha (presidente desde 2018).