Exímio na arte de bater penáltis, Raúl Jiménez não falhou qualquer dos 19 pontapés que bateu da marca dos 11 metros desde que é profissional e é comparado no México a Blanco, lenda do país que só falhou dois dos 73 castigos máximos que cobrou durante a carreira.

No Benfica, o último que converteu foi diante do V. Setúbal já em tempo de compensação, na 29.ª jornada da Liga, e o avançado mexicano desvendou alguns segredos em entrevista à Marca Claro.

«Só no final é que decido. Tenho sabido conter a emoção. É preciso ter segurança e acreditar que vou marcar», disse, assumindo que nos treinos nem sempre tem a mesma eficácia. «O treino serve para criar algo novo. Por vezes inventa-se coisas que não saem bem. Alguns guarda-redes já me pararam. Cota, 'Chuy' Corona, Ochoa e Talavera. Aqui no Benfica também já me defenderam bastantes», acrescentou.

Também em declarações à Marca Claro, Jiménez disse acreditar que o México tem condições para realizar um Mundial de grande nível e, quem sabe, vencê-lo.

«Gostaria de ver-me a levantar a taça. Espero que isso aconteça tendo minutos e a jogar todos os jogos. Sei que é difícil, pelas rotações que o selecionador promove e sei que vai continuar assim. É o seu estilo de jogo e nós apoiamo-lo, mas vou fazer por aproveitar as oportunidades que tiver e dar o melhor de mim para que possam contar comigo», afirmou o avançado do Benfica.

A seleção mexicana estará inserida no Grupo F, juntamente com as congéneres da Suécia, Coreia do Sul e a campeã mundial Alemanha. «Será um grupo complicado, mas pela forma como estamos a jogar, como fizemos contra a Bélgica e a Polónia [n.d.r.: particulares], creio que podemos competir.»