João Mário concedeu uma longa entrevista à BTV, nesta quarta-feira, em que justifica a saída do Benfica como um «fim de ciclo» após sentir uma «carga negativa e pessoal» no Estádio da Luz, no último jogo que fez pelo clube.

Assegura não guardar rancor pela forma como saiu e agradeceu ao clube, por ter atingido outro patamar na carreira. Quanto a esta temporada, João Mário emitiu a sua opinião sobre o que correu mal nas primeiras quatro jornadas.

«Acredito que foi um bocado uma consequência do que foi a época passada. Obviamente que as coisas todas que fizemos na pré-epoca indicavam que o início do campeonato seria muito bom. Perdemos muita confiança com aquele jogo em Famalicão, ninguém contava com o acontecimento do jogo, com o resultado, com tudo. Isso realmente trouxe muitas memórias do ano passado, e acho que foi talvez o jogo decisivo para que as coisas acontecessem como aconteceram. Muitas vezes um resultado desses tira muita confiança, e depois começa um efeito bola de neve que muitas das vezes é difícil de justificar, mas culminou no que culminou», justificou.

O médio defende que «se toda a gente se unir, se toda a gente continuar a acreditar nestes jogadores», o Benfica tem chances de ser campeão. O internacional luso ainda foi desafiado a falar sobre os três treinadores que conheceu na Luz. 

«Schmidt? Acho que, em relação à pessoa, já disse tudo o que achava. O treinador...  Acho que é um treinador especial porque consegue criar um bom ambiente no clube todo, taticamente muito bom, uma exigência muito grande, um futebol muito atrativo. Demonstrámos muito isso no primeiro ano com ele. Infelizmente, depois não conseguimos dar essa continuidade no segundo ano, mas um treinador que marcou a minha carreira, sem dúvida. E não só pelo treinador que é, porque é muito bom treinador, mas também pela grande pessoa que é», afirmou. 

João Mário ainda descreveu Jorge Jesus como «alguém que conhecia muito bem», por quem tem «grande estima, um grande treinador». Deu-lhe bastante «confiança» e «conhecimento». Já Nélson Veríssimo foi, para João Mário, «um treinador diferente dos restantes». «Apesar de eu não ter jogado muito, tenho uma grande estima por ele, como pessoa», garantiu, admitindo que ele próprio não estava a jogar bem quando Veríssimo orientou o Benfica.