Minuto 13 do Benfica-V.Guimarães: Gaitán descobriu o brasileiro, no meio da floresta vimaranense, para a primeira explosão na Luz.

Um ano após o desaparecimento de Eusébio da Silva Ferreira, o Estádio da Luz vestiu-se de gala para homenagear o «Pantera Negra» numa grande partida de futebol entre o campeão e a equipa sensação da Liga.

Esperava-se um teste de grau de dificuldade elevado, mas as águias não deram qualquer hipótese aos comandados de Rui Vitória. Os primeiros minutos foram sufocantes, com várias aproximações perigosas à baliza de Assis. O golo surgiu, portanto, com naturalidade, num traço que melhor define a exibição benfiquista: arte do camisola dez no cruzamento para uma finalização oportuna de Jonas ao minuto 13. Camisola que o Rei utilizou no Mundial de 66. 

O triunfo dos encarnados ganhou outros contornos, com mais dois golos assinados por Ola John e Nico Gaitán, mas o jogo não se resumiu apenas a isso. Houve três bolas nos ferros de Assis, uma intervenção fantástica de Júlio César a negar o empate, em cima do intervalo e, não menos importante, um ambiente fantástico vindo das bancadas em torno da memória do Rei.

Com esta vitória, o Benfica mantém distâncias para a concorrência mais próxima, que veste de azul e branco, e estabelece o registo de 80 jogos consecutivos sempre a marcar. Se houve jogos em que a equipa de Jorge Jesus foi mais pragmática do que espectacular, momentos houve na Luz de verdadeiro encanto: o segundo golo, em que as águias gerem a bola durante quase 50 segundos, é o melhor exemplo disso mesmo.