Sob o nome «O Rival Invisível», o Benfica lançou este sábado um mini-documentário sobre a forma como a covid-19 afetou a equipa principal dos encarnados.

Os dois primeiros episódios contam com testemunhos de vários elementos das águias, entre os quais Jorge Jesus, que contou como foi a sua experiência.

«Tive falta de ar, falta de oxigénio, e houve momentos em que me assustei. Tinha alguns momentos de medo porque faltava-me a respiração, pelo menos quando acordava à noite. Mas a mim, como costuma dizer-se, atacou forte», afirmou o técnico. 

«Houve alguns dias de treino que eu tinha pessoas a trabalhar diretamente comigo, porque os outros tiveram problemas, que eu não conhecia. Perguntava ‘Quem é este? Quem é aquele?’. Pensei sempre que queria era sempre recuperar o mais rápido possível. Até pus a possibilidade de vir para um quarto no Seixal e poder ver daí o treino e organizá-lo», acrescentou. 

Darwin Núñez, por sua vez, detalhou os sintomas que o afetaram: «Dava uma volta ao campo e parecia que tinha 60 anos. Há muita gente que está a passar mal, que morreu, e eu tinha medo que me acontecesse algo assim, porque isto é muito forte. Por mais que sejas um desportista jovem, isto pode atacar forte e matar. Nunca sabes o que pode acontecer.»

«Tinha vontade de vomitar, dores de cabeça, febre, tosse. Só queria deitar-me e dormir, e as dores de cabeça voltavam. Estava muito agitado porque não aguentava as dores de cabeça. Estive cerca de um mês com dores de cabeça. E perdi o olfato», revelou.

Já Julian Weigl confessou que ficou mais preocupado com a esposa, ela que estava grávida na altura e também testou positivo.

«Claro que o meu maior medo era que ela ficasse infetada. Quando recebemos o resultado do teste positivo, começámos a perguntar o que ia acontecer com o bebé, se o ia afetar. Foi forte, tivemos de tomar medicação para a febre baixar, e aí sim senti-me muito mal. Tive febre, dores de cabeça, e senti-me completamente sem força.»

Veja aqui parte dos dois primeiros episódios: