Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa o empate no Estoril, para a 10.ª jornada da Liga (1-1):

 

[as substituições estiveram relacionadas com o jogo de Munique] «Não estiveram. Nos últimos dez minutos, quando entraram os últimos dois jogadores, senti que o João Mário já estava esgotado. Teve aquela jogada ao pé do banco em que ficou queixoso. Senti que era o momento de trocá-lo. Também senti que o Rafa já não estava o mesmo jogar. Senti que o Pizzi, como segura bem a bola, ia colocar a equipa a respirar, porque ele tem essa qualidade, mas também não teve assim tanto tempo para isso. Fiz as substituições a pensar que estava a ganhar 1-0 e que podia dar algum posicionamento melhor à equipa.»

 

[sobre os efeitos do empate no Estoril para o jogo de Munique] «O jogo de Munique é completamente diferente, independentemente deste resultado. Com todo o respeito pelo Estoril, o Bayern de Munique não é o Estoril. Ficámos completamente arrasados por não ter vencido o jogo. Em Munique tudo pode acontecer. A história do jogo de Munique é completamente diferente. É verdade que não temos vencido tantos jogos, mas há ciclos. Não estamos com o ciclo do início de época, em que vencemos 12 ou 13 jogos em 14. A partir daí não temos sido tão vencedores. É um ciclo que temos de saber conviver com ele, e continuar a trabalhar para recuperar aquilo que perdemos hoje, que foi a liderança.»

 

[sobre o peso de perder a liderança nesta altura, com muitos jogos, e difíceis] «Jogar de três em três dias não é o mesmo que jogar uma vez por semana, mas tem a ver com estar nas competições europeias. Tivemos seis jogadores que não estiveram no último jogo, que estavam frescos para ajudar a equipa. É verdade que, quando ganhas, é muito mais fácil gerir o cansaço, do que quando não ganhas. Este resultado deste jogo deixou a equipa cansada fisicamente e psicologicamente arrasada. Agora temos de olhar para o jogo do Bayern, mas tem outra perspetiva. Sabemos qual o valor da equipa do Bayern. Olhávamos para o jogo do Estoril numa perspetiva de uma vitória a 89 por cento. Acabámos por não ganhar, com um golo aos 90, e isso mexe psicologicamente com a equipa. Deixa a equipa num estado de alma arrasado.»

 

[sobre as cinco substituições] «Prejudicial não é, na minha opinião. Podes mudar o jogo e jogar com jogo. Foi o que tentei fazer hoje. Sentir os jogadores que estavam mais cansados. Podes mexer para tentar que a equipa continue intensa, e, por outro lado, agradas a todos os jogadores. Entram cinco e não três, o que é bom para o grupo. Sou favorável às cinco substituições.»