Jorge Jesus, treinador do Benfica, em declarações na flash interview da Sport TV após o jogo com o Moreirense:

«Fiz seis alterações em relação ao último jogo. Os sinais que a equipa me deu foram de uma equipa que correu muito e por isso tínhamos de mexer na equipa. Isso também tirou alguma qualidade à equipa, apesar de ter feito um bom jogo nos primeiros 45 minutos. A equipa chegou ao intervalo a ganhar 2-1 e podia estar a ganhar por mais, porque criou situações para isso.

Com a expulsão do Diogo tornou-se mais complicado. Passámos a maior parte do tempo a defender, com pouca saída de bola. Mesmo os jogadores que entraram, que tinham jogado em Moscovo – o Rafa, o Weigl e o Grimaldo – notou-se que lhes faltou frescura física para aqueles 30 minutos.

Mas o importante foi ganhar. No ano passado não ganhámos aqui, um campo difícil para ganhar.

Foi mais uma vitória e agora é tentar recuperar ao máximo, principalmente o Jan [Vertonghen], o Nico [Otamendi] e o Lucas [Veríssimo], porque jogaram 98 minutos aqui e outros 95 em Moscovo. Não há muito tempo até terça-feira e eles são jogadores importantíssimos na estrutura da equipa. Se eu pusesse os outros jogadores de início, sabia que apesar de estarem lá não conseguiriam.»

[Resposta de estreantes]

«Trocar o pneu do carro em andamento é complicado. O Sou [Meïte] é um jogador que ainda não tinha feito nenhum minuto e nem o conhecemos assim tão bem, como o Roman [Yaremchuk], que também não conhece bem a equipa e era um risco grande se o puséssemos a jogar. Mas teve de ser. Para descarregar o Julian [Weigl], tinha de meter o Sou ou o Florentino. Notei perfeitamente que o Sou ainda precisa de muito jogo para jogar ao nível que a equipa exige, mas esteve bem, razoável. Não esperava nem mais nem menos: ainda não conhece bem os processos na equipa e não sabe onde tem de se posicionar nem na bola parada.

O Gil Dias tem mais tempo e podia ter feito melhor, porque tem condições para fazer melhor.»

[A adversidade da expulsão de Diogo Gonçalves. Mais difícil quando acontece no arranque da época?]

«É verdade. Não foi a primeira vez que aconteceu. Temos de saber jogar melhor com menos um jogador. Não conseguimos, não só tática, mas também fisicamente. Os jogadores que entraram também não ajudaram a equipa a ficar mais fresca, foi notório. Mas a equipa está a crescer. Chegámos ao Porto na véspera do jogo, fizemos uma recuperação funcional, jogámos, vamos para baixo, amanhã não treinamos, depois treinamos na véspera do jogo e jogamos terça-feira. A equipa não tem capacidade física para aguentar estes jogos no início da época. Só há uma forma: mudar cinco ou seis, mas arriscamo-nos a que o rendimento da equipa não seja igual.»

[Pensava lançar Roman Yaremchuk se o jogo tivesse sido mais tranquilo?]

«Pensava. Se fossemos para o intervalo com diferença de mais de um golo… ele nunca treinou com a equipa, mas dava-lhe a oportunidade de um jogo a sério como se fosse um treino com a equipa. Ele também esteve parado depois do Europeu e alguns jogadores, como o Sou e Roman, vamos ter de os lançar em jogos a sério. A pré-época para eles vai começar agora com o campeonato.»