Depois de cinco anos, Julian Weigl regressou à seleção alemã para surpresa até do próprio.

«Era o aniversário do meu companheiro de equipa, o Meïté, e fizemos-lhe uma surpresa. Não acreditei quando vi o nome no meu telemóvel. Liguei imediatamente para os meus pais e à minha esposa», disse em conferência de imprensa.

O médio do Benfica admite entender quem viu a sua transferência para a Luz como «um retrocesso», mas explicou porque decidiu deixar Dortmund para rumar a Portugal.

«Eu sabia que com o Benfica jogas sempre por títulos nacionais e que também podes causar um rebuliço internacionalmente. Mas entendo as pessoas que diziam não perceber porque fui de Dortmund para Portugal. Em Portugal existe uma diferença entre os cinco primeiros e as restantes equipas», reconheceu.

«Nunca foi um problema para mim, estava convencido do projeto, do potencial que o clube tinha. Eu queria a pressão de estar no maior clube de um país. Amadureci, cresci com este passo para o estrangeiro. Também cresci fisicamente», vincou.

Weigl confessou ainda que já tem um nível de português «muito bom» e assinalou a paixão dos adeptos lusos.

«É bom para mim que eu use a máscara a maior parte do tempo e ninguém me reconhece de óculos escuros. As pessoas são loucas por futebol, mas também entendem quando queres paz e sossego», disse.

O regresso ao campeonato alemão, porém, não está descartado. «A Bundesliga é sempre muito interessante para mim. Mas primeiro, é mais importante terminar a temporada. No verão, penso sempre em qual poderia ser o próximo passo com a minha família. Mas sinto-me muito confortável em Lisboa», reforçou.

Também o selecionador germânico, Hasi Flick, explicou o regresso do médio encarnado: «Sabemos do que é capaz, mas também queremos vê-lo ao vivo.»