Bruno Lage quer um Benfica corajoso esta terça-feira no Estádio da Luz frente ao Zenit, na última jornada do grupo G da Liga dos Campeões.

«Quando a equipa não tem medo e encara todos os desafios com oportunidade, apresenta-se sempre bem. Esse tem de ser o nosso desafio e a nossa mentalidade: deixar de parte um passado carregado de emoções e sentimentos negativos e olhar para cada oportundiade como forma de conquistar coisas que ainda não conquistámos. É nisso que temos de estar focados: a qualidade e a determinação estão lá», afirmou o técnico das águias em conferência de imprensa.

Lage pede também paciência à equipa, até porque, apesar de o Benfica poder precisar de dois golos para seguir em frente na competição, só conseguirá marcar um de cada vez.

«As entradas fortes têm de surgir sempre. Mas o mais importante é ser consistente ao longo dos 90 minutos. A pressa por vezes não resulta. Vamos jogar contra um adversário competente e não vamos marcar dois golos de uma vez. Quando tivermos a bola, vamos ter de procurar os espaços que o adversário nos oferece e tentar a posse o máximo de tempo possível», defende.

Sobre o adversário deste jogo decisivo, o técnico das águias confessou não esperar uma equipa a defender com uma linha de cinco homens, até porque os russos também precisam de vencer para garantir o apuramento para os oitavos de final da competição.

«Seria uma surpresa para mim o Zenit jogar com uma linha de cinco. Mas estamos preparados para tudo», começou por dizer, desenvolvendo a ideia numa outra resposta.

«Temos de saber lidar com várias situações. Precisamos de ter capacidade para atrair e chegar às zonas de finalização, mas por outro lado, a equipa também tem de manter sempre o equilíbrio e ficar atenta aos jogadores da frente, que são muito perigosos. É importante a equipa não se desequilibrar e temos de conseguir prever vários cenários para dar boas respostas», completou.

Ainda sobre o Zenit, Lage garante que a equipa viu vários jogos do adversário e deixou uma análise sobre aquilo que espera da partida de terça-feira.

«Vimos muitos jogos do Zenit. É uma equipa que tem uma saída de bola muito interessante e que consegue várias dinâmicas com os quatro homens da frente. Quando lançar bolas para a frente vai tentar fugir ao confronto entre pontas de lança e centrais, e disputar bolas com os nossos laterais. É uma equipa que joga com muita gente a atacar a profundidade, mas que é muito consistente a defender. E à semelhança das outras equipas deste grupo, vale muito pelo coletivo», completou.

[artigo atualizado]