Rui Vitória tem sido criticado por rodar pouca a equipa, mas o treinador desvaloriza essa questão, apontando o exemplo do Ajax que «joga sempre com os mesmos». Além disso, o treinador diz que a questão pode ser facilmente invertida e também pode ser-lhe exigido que joguem sempre os melhores.

«Não olho para estas questões de forma isolada. Muitas vezes as decisões podem ser vistas de muitas maneiras. Se calhar se não jogarmos com o onze habitual, para refrescar alguns jogadores, as outras pessoas podem dizer que os melhores têm de jogar sempre, que há tempo suficiente de recuperação», começou por referir.

Na passada, o treinador deu o exemplo do adversário desta quarta-feira. «O Ajax joga com onze, mas joga quase sempre com os mesmos. Mesmo em jogos com poucos dias de intervalo, jogam sempre os mesmos. Muitas vezes temos indicadores que as pessoas de fora não têm», referiu.

O treinador também tem a certeza que caso promovesse maior rotatividade de jogadores, haveria sempre críticas. «Também já ouvi o contrário, que têm de jogar sempre os melhores. A minha equipa tem ultrapassado grandes objetivos que foram importantes naqueles momentos. Soubemos sempre enfrentar as dificuldades. Tivemos um momento positivo e agora um momento menos positivo. Na fase inicial da época podia-se pensar que podíamos não ganhar este ou aquele jogo, mas ganhámos ao AEK fora e depois ganhámos o clássico com o FC Porto», destacou.

 Num jogo de máxima exigência, o treinador não tem dúvidas. «Só se resolve isto a enfrentar cara a cara com os meus jogadores. Depois ter lucidez para pensar que já tivemos fases destas em situações anteriores. É para desistir à primeira? Não. Temos de pensar em todas as possibilidades de ganhar amanhã. É um jogo da Liga dos Campeões. A competição é uma responsabilidade, mas nunca pode ser um drama», destacou ainda.