Jorge Jesus, treinador do Benfica, em declarações na conferência de imprensa após o empate com o Arsenal em Roma (1-1):

[Sobre a dinâmica a equipa com três centrais]

«Há várias maneiras de defender. Quando temos os três jogadores no corredor central, umas vezes defende-se com cinco e outras consegue-se defender com três. Durante o jogo fomos mais vezes obrigados a defender com cinco do que com três, mas soubemos fazê-lo. Sabíamos que para parar a qualidade ofensiva dos jogadores do Arsenal tínhamos de estar muito bem organizados defensivamente e não podíamos dar muito espaço na largura e na profundidade. Na maior parte do jogo, a equipa conseguiu fazer isso. Acho que esteve muito bem nesse momento do jogo.»

[Justifica-se manter este modelo no jogo da 2.ª mão?]

«Acho que o futebol moderno e o futebol de futuro vai ser isso. Hoje jogas com três centrais, amanhã com dois. Hoje jogas em 4x3x3 e amanhã em 5x4x1. Isso vai ser o futuro do futebol mundial. Essa questão não se coloca para mim.»

[Arrepende-se de ter usado cinco defesas?]

«Já falei sobre isso. Não vou responder novamente a essa pergunta. Mas cinco defesas é subjetivo. Mas jogámos com três jogadores no corredor central e conseguimos defender com eles em alguns momentos do jogo. Noutros não conseguimos, mas também porque estávamos a jogar contra uma equipa com muita qualidade de movimentos nos avançados. Quando jogamos com uma linha de quatro, muitas vezes não defendemos com quatro: somos obrigados a defender com seis. É subjetivo.»

[Avaliação de Lucas Veríssimo?]

«Vou deixar a avaliação para vocês. Foi a primeira vez que jogou, sem estar numa condição física boa. Chegou há duas semanas e perdeu competitividade por ter estado duas ou três semanas sem jogar. Terminou com grande dificuldade física e por isso é que saiu do jogo. Analisem o comportamento coletivo e individual dele. Para mim não foi surpresa nenhuma.»