Bruno Lage, treinador do Benfica, em declarações na conferência de imprensa após a derrota por 2-1 com o Shakhtar Donetsk na 1.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa:

[O que pode fazer a diferença na segunda mão?]

«Marcar golos, sermos mais sólidos, apesar de o termos sido, na minha opinião.»

Sinto que sofremos o segundo golo no nosso melhor período. Estamos por cima do jogo, a jogar no meio-campo do adversário, a querer controlar o jogo com bola e a procurar meter o Shakhtar a fazer o que menos gosta: defender, correr e ter de defender à largura. Esse segundo golo acontece no nosso melhor momento. Fica a eliminatória em aberto: é um 2-1, sabendo que temos de vencer o Shakhtar.»

[Resultado melhor do que a exibição?]

«Na primeira parte também não me lembro de nenhuma grande oportunidade do Shakhtar. Há a situação do golo em fora de jogo, em que estamos a ter bola no meio-campo ofensivo, perdemo-la e dá-se essa transição. Há jogos em que temos várias oportunidades, marcamos mais golos e outros como o que nos aconteceu com o Sp. Braga. O mais importante é ver o que foi acontecendo e sabendo que é um jogo a duas mãos e era nossa intenção fazer um resultado diferente. Estamos num momento em que um detalhe, um erro ofensivo e defensivo, está a pesar-nos muito, porque estamos a sofrer golos com isso.»

Também senti a nossa equipa confortável no jogo. Permitimos uma ou outra transição e e até no momento em que temos bola, como no primeiro golo. Senti a equipa estável, junta e a não oferecer os espaços. Percebemos qual seria a estratégia do Shakhtar. Tentar levar sempre o jogo para a esquerda deles, tentar provocar situações de dois contra um ou três contra dois no corredor junto do Tomás Tavares, por isso é que procurámos trocar Pizzi com Chiquinho para ajudar.»