A entrada de Paulo Lopes em campo, aos 89 minutos, para ser campeão, provocou um momento que levantou muitas dúvidas: o guarda-redes do Benfica recebeu a braçadeira de capitão que estava então com Eliseu, sendo que o lateral continuou em campo.

Foi provavelmente uma decisão do próprio Eliseu de homenagear Paulo Lopes.

Colocou-se então a dúvida de se saber se era permitido passar a braçadeira de capitão a um colega, continuando em campo, o que o antigo árbitro Duarte Gomes diz que sim, que é permitido.

«As Leis do Jogo são omissas relativamente a este caso de trocar a braçadeira entre jogadores que estão em campo. Apenas fala do capitão no último ponto da Lei 3 e para referir quais são as suas competências», começou por dizer Duarte Gomes.

«Nesse sentido, e depois do que aconteceu no sábado, tive o cuidado de me informar se o regulamento de competições dizia alguma coisa em reação a isto e recebi a informação de fonte segura que é permitido mudar de capitão durante o jogo. A única coisa que deve ser feita antes é avisar o árbitro de que determinado jogador cede a posição de capitão ao jogador xis.»

Duarte Gomes acrescenta, de resto, que não se lembra de uma situação destas em Portugal, mas que em Espaha já aconteceu e foi também permitido. 

«A única obrigação que existe é que o jogador que está designado na ficha de jogo como tal, tem de começar o jogo com a braçadeira. Depois disso, pode falar com o árbitro, pode por exemplo dizer-lhe que não se sente à vontade e que passa essa responsabilidade a um colega.»

Veja como foi o momento em imagens do blog Bola na Área: